Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Elisa Mota


Carioca criada em Joinville, morando algum tempo em São Bento do Sul e Florianópolis.

Sou vegetariana desde os dezessete anos e recentemente me mudei para a terra do churrasco (Pelotas - RS), onde faço graduação em biotecnologia. Gosto de arte, cultura geral, animais domésticos, psiclogia, história e filosofia. Gosto de algumas pessoas também. Aprecio culinária japonesa... mas tem que ser sem carne. Gosto de escrever, desenhar, conversar, tocar violão, perder tempo na internet e dormir.


Veja mais colunas de Elisa Mota

O paradoxo do machismo

Quarta, 30 de novembro de 2011

Cultua-se aquilo que se admira, um motivo de inspiração. Pode ser por desejo de "posse" ou modelo a ser seguido. Mas e o indivíduo cresce, tornando-se o que admirava e não deixa de cultuar os modelos a serem seguidos, o que resta é o desejo de posse.

A crença de que o homem é superior à mulher só seria pertinente, partindo de um homem, se este admirasse outros homens mais do que as mulheres. A crença, além de pretexto para que ordens sejam dadas sem empatia, pode ser motivo para todo tipo de agressão.
Violência não se resume a atos físicos: pode ser verbal ou partir de atitudes direcionadas ao constrangimento alheio. Portanto, pode ser causada por humilhação, traição e ameaças.

Razões da violência? Possivelmente a frustração com o padrão de heteronormatividade e de ter de parecer heterossexual (por isso ser casado). O cônjuge passa a detestar a esposa e tenta encontrar prazer "experimentando" várias mulheres, às vezes simultaneamente. Mesmo assim não se sente realizado. Passa a odiar as mulheres em geral e decide maltratá-las. Resta à esposa conviver com um homem contundente, que agride não só a ela, mas aos filhos e qualquer um que assista às cenas de maus tratos. Os braços fortes que deveriam proteger a família passam a atacá-la. Um homem que poderia ser exemplo para seus filhos torna-se seu maior inimigo e motivo de vergonha. 

O dia 25 de novembro é o dia internacional de combate à violência contra a mulher. Em pesquisas realizadas, constatou-se que a maioria das mulheres suporta a violência doméstica por questões financeiras. As dificuldades para conseguir o próprio sustento e o dos filhos impõem a permanência na casa do agressor. Mas há aquelas que, apesar de tudo, não perdem a capacidade de amar e têm a esperança de que o marido mude. Não mudará. A diferença será visível apenas nos filhos, que terão sempre memórias do convívio familiar e poderão perder muitas das melhores coisas da vida, inclusive a capacidade de acreditar no amor.



Comente





Ecelso Zanato


Freud disse que temos todos os instintos de vida (Eros) e de morte (Tanatos). Antes de sermos humanos, somos animais. Nossa psiquê foi desenvolvida num ambiente adaptativo de 3 milhões de anos, e nossa civilização tem só dez mil anos, o que é uma casquinha de verniz. Freud disse também que "os bárbaros não têm neuroses" porque vivem adaptados ao seu ambiente primitivo. O ambiente que nós criamos não combina muito com nossa psiquê. A psicologia evolutiva dá bons insights.

Responder      27/02/2012

Ecelso Zanato


Freud disse que todos somos na essência, Eros (vida) e Tanatos (morte). Há que se compreender que antes de sermos humanos, somos animais (válido para não-criacionistas). Há uma corrente de estudo de psicologia evolutiva, que mostra a inadaptação dos humanos ao ambiente que eles criaram, onde os homens (sexo masculino) perdem sua identidade de líder e de macho, que os leva a todo tipo de desatino. Freud disse que "os bárbaros não têm neuroses" porque vivem adaptados ao seu ambiente.

Responder      27/02/2012

Michell Foitte


Em muitas estruturas familiares a mulher é ainda objeto de pertencimento do homem, e não importa as classses sociais para que a agressão do macho seja colocada a prova. São as agressões do dia a dia, banais, vulgares, sejam contra a mulher, contra os idosos, contra as crianças, aos enfermos... Michell.

Responder      05/12/2011

Maurelio Machado


Somente em set deste ano em SP foram registradas 5.844 lesões corporais dolosas contra a mulher, isto significa que a cada hora 8 mulheres foram agredidas(com intenção).Lamentável a atitude destes "machões"covardes que sabendo serem eles os provedores do sustento da família impõe a violência como autoridade máxima. Lamentável. A Lei Maria da Penha se propõe a criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ajudou???...pouquíssimo...Abraços amiga Elisa

Responder      02/12/2011

Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA