Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Domingo, bem mais rápido do que imaginávamos, entramos no círculo do advento. Tempo de reflexão, interiorização e preparação espiritual.
Um círculo, em forma de guirlanda, representando o mundo. Quatro velas que apontam os quatro cantos do universo, precisando de luz e renovação constante.
A chegada do Natal nos condiciona facilmente a valores equivocados. Materialismo, consumismo, gastronomia. Gastos exagerados. Enfeites em abundância. Correria desenfreada. Tudo pode ser considerado, desde que prevaleça o bom senso e o equilíbrio.
O advento surge para isso. Desde início pede que nos preparemos para a comemoração do nascimento de Cristo. É imperativo que estejamos receptivos e abramos nosso coração. O final de um ano pontuado por lutas e conquistas vislumbra uma revisão de vida e um renascer pessoal.
É o momento de separação das coisas boas das menos boas ou das ruins. Limparmos a mente. Preciosidades preservadas. Sabedoria aplicada. Conhecimento dividido. Elementos negativos e inconvenientes jogados para longe, onde possam deteriorar-se.
Tempo de perdão, de mudança, de propostas pacificadoras.
Tempo de amor e demonstração de espaço para tal.
Que o advento nos possibilite, acima de tudo, uma visão clara e límpida, tal como o cristal, do que nos cerca. Que cada elemento possa ser, após classificação criteriosa, colocado numa ordem escalonada. Nela, oxalá prevaleça o ser e suas virtudes, bem como perca energia o ter e suas tão comuns barganhas, impondo moedas de troca.
A todos um advento ímpar, com mudanças de vida tão ímpares quanto.