Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
A vida é um processo dinâmico e exige mudanças. É o que nos leva ao crescimento, enfrentamento, tomadas de decisão. Ou, do contrário, quando frutos da precipitação nos lançam em perigosos terrenos pantanosos.
A mudança salutar é sempre bem vinda. É o ajuste de conduta. É quando passa a valer o ditado “esperar é crer na vida”.
Mas a mudança oportunista é corrosiva. Pior, não só para quem passa pelo processo, mas também pelos que próximos estão.
Como é desagradável você verificar conhecidos, colegas, companheiros de trabalho, incidirem anos sobre certos discursos e repentinamente, num toque de mágica, como que por encanto, passam a lamber o próprio vômito. Achar que tudo pode ser diferente, aos extremos do inimaginável, principalmente quando a possibilidade de um dinheirinho a mais é esfregando na fuça.
Pobres pessoas. Não resolvidas, falsas, hipócritas. São as em quem você não pode confiar nunca. Pois com uma mão afagam e com outra enfiam a faca.
Mas como a natureza é sabia, todo dança humana é sobre tapeçaria. E a soberba dessas pessoas acaba quando o tapete é puxado. São tombos tão interessantes, engraçados e merecidos.
Uns aprendem a lição, outros já passam a dançar no tapete alheio e outros são tão ruins que mesmo caídos ainda estrebucham e não percebem a proximidade do caos.
Sejamos seletivos. Dancemos com ternura. Só tenhamos convidados especiais nos bailes de nossas vidas. Os afoitos, invejosos, ciumentos, maldosos, que fiquem bem longe de nossas escolhas.
Afinal, um grupo pode ser positivo ou negativo, dependendo de permitirmos a entrada ou não de elementos, tais como os que mudam e nem fica vermelha a cara sem vergonha.