Casca de ovo

Acreditar no potencial do ser humano é fundamental. Eis a essência do trabalho de um psicólogo. Se as pessoas não pensarem assim, que todos possuem movimentos permeados por avanços e recuos, do que adiantaria nossa passagem por esta existência.

Mas é preciso que se encare os fatos com a mesma seriedade que a eles está agregada. O universo é sábio e faz com que a lei do retorno não falhe. Vivemos num mundo de causa e efeito. Somos artistas num palco e o espetáculo depende de nossa atuação. Abrem-se as cortinas quando nascemos e finalizamos a peça ao partir. Quando o pano desce, aplausos, silêncio ou vaias serão fruto de nosso trabalho em cena.

Se tudo o que aqui se faz, aqui se paga. Se sabemos que o concreto não irá conosco para além túmulo. Se temos convicção de que a mentira tem pernas curtas. Falcatruas, enganações, armações, ciladas, armadilhas voltadas ao próximo, para quê? Onde está o lucro final?  Como ficam as consciências de elementos com histórias repletas de farsas e negativas fantasias?

Todo ser vivo é frágil como casca de ovo. Sem os cuidados necessários, quebra.

Um homem vale a verdade que é. Seremos lembrados pelo bem praticado, pela mão estendida, pelo sorriso distribuído. Ao equivocado cabe, achando que suas desmedidas ambições o levarão ao topo do mundo, entender que sua queda em algum momento será vertiginosa e digna de pena. Talvez não pelos terrestres, mas sim pelo Criador.

Todo aquele que cresce, evolui e se fortalece materialmente por meios injustos e duvidosos, é um inescrupuloso cafajeste. Merece viver muito, para pagar muito pelo que faz. Pessoas que se sujeitam a serviços sujos, negócios fraudulentos, ações visando derrubar o outro, atitudes prejudiciais seja para quem for, são espécimes abomináveis. Transitam pela vida como espíritos involuídos, carentes de purificação. Precisam do tão importante entendimento.

Porém, este entender passa pela inteligência emocional. Feliz daquele que a conquistou.

Os demais, leia-se ingratos, golpistas nos negócios, certamente ladrões, hipócritas, invejosos, possessivos, maldosos e a coisa mais nojenta, mentirosos e cheios de falsa modéstia, são dignos de repulsa. Cuidado com os “lambentos” e “grudentos” demais. Transpiram falsidade.

Deus permita que ao morrerem possam, ao menos nessa hora, lembrar e se arrepender. E onde estiverem venham a se redimir de pecados, a princípio, tão desnecessários.