Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Existem desafios e provações na vida que merecem, de nossa parte, análise minuciosa. Se válido ou não o enigma posto em prova, tudo só será entendido após um determinado tempo e, ainda assim, talvez.
Talvez um dia valores esquecidos e desgastados, como família, uniões, delicadezas na educação, honestidade, princípio da verdade, possam ser resgatados, voltando a figurarem como regra e não como exceção.
Talvez um dia atitudes objetivando alimento espiritual, nutrindo a alma e a fé, se mostrem tão presentes como outras, que focam o corpo e a matéria.
Talvez um dia possamos confiar. Os homens hoje consideram enganar sinônimo de inteligência. Tirar proveito, apoderar-se do que não é seu, causar prejuízo ao próximo, tornaram-se práticas corriqueiras. Lamentável. Chegamos ao ponto em que a pessoa nem nela mesma acredita mais.
Talvez um dia possamos ter verdadeiros colegas, amigos, cúmplices, companheiros, cônjuges, amantes. Haveremos de compor um mosaico onde harmonia e simetria são os toques necessários para equilíbrio e ponderação. Onde procedimentos serão justos e sempre considerando os relevantes valores internos de cada ser.
Talvez um dia estudo, trabalho, sociedade, façam parte de estruturas interligadas por regras de bom convívio e saudável troca de experiências.
Talvez um dia possamos amar. Livremente. Tudo e todos. Sem as correntes do recalque, da repressão e do preconceito. Onde amor lembre, principalmente, respeito e desejo mútuo. Seja símbolo do indispensável e imprescindível para a vida, como prevista na sua essência.
Talvez um dia deixemos de lado tanto tempo perdido com futilidades e inúteis preocupações. Entendamos que a morte cedo ou tarde virá. E bem por isso é preciso agir com olhos voltados à realização plena.
Talvez um dia o homem deixe de complicar as coisas e na beleza da simplicidade perceba a totalidade de sua missão.
Talvez um dia... Quem sabe...É preciso sempre querer e buscar...