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Elisa Mota


Carioca criada em Joinville, morando algum tempo em São Bento do Sul e Florianópolis.

Sou vegetariana desde os dezessete anos e recentemente me mudei para a terra do churrasco (Pelotas - RS), onde faço graduação em biotecnologia. Gosto de arte, cultura geral, animais domésticos, psiclogia, história e filosofia. Gosto de algumas pessoas também. Aprecio culinária japonesa... mas tem que ser sem carne. Gosto de escrever, desenhar, conversar, tocar violão, perder tempo na internet e dormir.


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Ciência da vida

Sexta, 14 de outubro de 2011

Era assim que chamava a matéria que lecionava. Tinha aparência nipônica, apesar de, segundo ele, ser descendente de índios e franceses. As diferenças que caracterizavam esse profissional já começavam por aí.
Natural de Santos - SP, tem um inegável sotaque paulista, que não agrada tanto os cariocas, como eu. Mas era impossível não se deixar hipnotizar pela forma como ministrava suas aulas, interessantes, divertidas e que transbordavam conteúdo. Duravam pouco menos de uma hora, mas nela absorvia-se muito mais do que em muitas aulas de tempo maior em faculdades. Comentários inteligentes e bem humorados completavam aquela odisséia do conhecimento, que preenchia estudantes e lotava salas de aula de cursinhos.
Era possível notar um entusiasmo e uma genuína vontade de viver, num sorriso constante e um olhar determinado. Atencioso, mas afirmava ter uma instabilidade de atenção que o deixava agitado, sendo inclusive motivo para apanhar de sua mãe. Era espontâneo a ponto de falar, às vezes, sobre a própria vida na aula... Talvez por isso nós, alunos, chegávamos a confundi-lo com um colega ou amigo, na relação de afeto que acabávamos desenvolvendo por esse adorável ser humano. 
Mas essa proximidade pode ter sido confundida por alguns com o descaso e a intimidade exacerbada. Por alguma razão, o educador foi desafiado pelo comportamento de alguns alunos e foi forçado a abandonar o cargo que exercia.
Desceu do tablado, palco de grandes artistas, que têm a habilidade de manter o olhar do público focado em sua performance, conseguindo a proeza de deixá-lo ansioso pela próxima apresentação. Há de continuar a viajar pelo mundo, nadando com os tubarões (agora só no sentido literal), descobrindo lugares e pessoas. Seguirá aprimorando a própria sabedoria, mas não mais a transmitindo do mesmo modo. A biologia descreve a arte da adaptação e esse profissional vai buscar um novo nicho, possivelmente um novo habitat, para encontrar o equilíbrio e desfrutar da ciência da vida. 



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