Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Em tudo, devemos fazer nossa parte. Se estamos inseridos num contexto, é fundamental que a parcela que nos diz respeito na construção de uma história seja edificada.
Há os que pontuam bem e há os que registram mal. Isso depende de uma conjuntura envolvendo características únicas de personalidade.
O que não se pode é desanimar observando as partes não executadas ou conduzidas vergonhosamente por outros. Mesmo que minha contribuição tenha sido pequena, se foi bem intencionada e de boa vontade, é o que basta aos olhos do universo.
Ninguém passa despercebidamente por aqui. Todos possuem um legado e podem usar adequadamente as ferramentas para concretização do mesmo ou não.
Se o mundo está dando sinais de cansaço e as reações do mesmo são violentas, continuemos nossa caminhada em busca de aprimoramento constante.
Se o Brasil é um vertiginoso balançar dos pratos segurados pela justiça, devemos entender que a retidão de caráter e os princípios morais residem no íntimo de alguns, não de todos.
Se atrocidades e escândalos são parte de nossa rotina, não podemos compactuar com tropeços, pouco a pouco vistos com naturalidade e banalizados até.
Quando mandatários cometem aberrações, surrupiando o país e na condição de criminosos, se escondem por detrás de inúmeras leis beneficiadoras, precisamos, sim, nos indignar e gritar bem alto, para que em momento oportuno o eco surta algum efeito.
As vergonhas políticas de Santa Catarina, que vão da roubalheira ao marasmo da ineficiência e da incompetência, precisam ser vistas por nós como prenúncios de uma raça que urge a tomada de providências para extinção.
Nosso município com suas peculiaridades. Em que o positivo dança com o negativo. As coisas boas se perdem em meio às ruins. O agir fica distante do falar. É preciso menos firulas e mais exemplos. Muito se vê e muito deixa de ser visto. A raiz do problema está no mesmo lugar de sempre, no rabo dos penduricalhos públicos. Ineficientes, porem hábeis em adulação e hipocrisia. Em se tratando de alguns, quem não os conhece que os compre.
E assim transitamos. De um lado, cheios de vontade e desejos de que nossa parte seja cada vez melhor. De outro, desanimados com tanta bandalheira por metro quadrado, onde quer que estejamos.
Nem tudo pode seguir o curso natural das coisas. O homem se encarrega de deturpá-lo. Cabe-nos ficar atentos, firmes e movidos por dignidade.
O resultado, mesmo que em longo prazo, nos dirá quem é quem e ao final, bem no final, o que é joio e o que é trigo. Quem presta e quem não presta. Quem merece crédito e para quem o destino deve ser os "quintos dos infernos".