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Elisa Mota


Carioca criada em Joinville, morando algum tempo em São Bento do Sul e Florianópolis.

Sou vegetariana desde os dezessete anos e recentemente me mudei para a terra do churrasco (Pelotas - RS), onde faço graduação em biotecnologia. Gosto de arte, cultura geral, animais domésticos, psiclogia, história e filosofia. Gosto de algumas pessoas também. Aprecio culinária japonesa... mas tem que ser sem carne. Gosto de escrever, desenhar, conversar, tocar violão, perder tempo na internet e dormir.


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Trabalho extraordinário

Segunda, 04 de julho de 2011

Extremófilos, decompositores, humanos. Humanos que diariamente suportam condições extremas e participam de atividades relacionadas à reciclagem de produtos, muitos deles (embalagens) provenientes da cadeia alimentar. Adaptam-se ao meio para suprir suas necessidades, sem perder o bom humor e a esperança em uma realidade mais gratificante. São esses os personagens do documentário, além dos artistas participantes. Lixo Extraordinário, feito em conjunto entre Inglaterra e Brasil, uniu arte ao cotidiano de catadores do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, membros da ACAMJG (Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho). A organização foi fundada por Tião (vulgo Zumbi) e busca, entre outros objetivos, a divulgação da coleta seletiva e a valorização dos trabalhadores envolvidos.

O artista plástico brasileiro Vik Muniz, cuja obra é mais conhecida no exterior, interessou-se pelos catadores do Jardim Gramacho e viu na arte uma possibilidade de inclusão. Reuniu-se com Zumbi e, posteriormente, outros membros da associação, que foram convidados a separar materiais recicláveis para a composição de obras de arte, a serem fotografadas e leiloadas.

Em entrevistas, os catadores demonstram coragem para expressar seu caráter, de honestidade e humildade, diante de ofertas de participação no crime ou outras formas de obtenção de renda. Há também o caráter para ter coragem, já que o sustento "mais rápido" e "menos laborioso" é incompatível com a forma de pensar desses indivíduos, que optam por trabalhar diariamente em meio a resíduos industriais, domésticos e oriundos dos mais variados locais e situações. 

Em dois anos de produção, o documentário registra acontecimentos referentes aos trabalhadores e à ACAMJG. O envolvimento com o projeto tem impactos na renda e na autoestima dos catadores. Artistas participantes, tanto do trabalho com os catadores quanto da produção cinematográfica resultante, também são beneficiados. 

A produção cinematográfica teve excelente repercussão e foi premiada. Mas talvez a maior recompensa seja conclusão de vários projetos pessoais dos personagens, registrados no final do documentário, baseadas nas transformações conseqüentes do projeto.



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Maurélio Machado


Excelente a repercussão principalmente na imprensa internacional da produção cinematográfica relativa aos trabalhadores da ACAMJG. Projeto bem elaborado por Vik Muniz que viu através da arte a viabilidade da inclusão social dos catadores de recicláveis. Um belo trabalho sem dúvida, modelo para os governos que estão aí e que virão...Abraços Elisa, parabéns pela crônica.

Responder      11/07/2011

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