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Elisa Mota


Carioca criada em Joinville, morando algum tempo em São Bento do Sul e Florianópolis.

Sou vegetariana desde os dezessete anos e recentemente me mudei para a terra do churrasco (Pelotas - RS), onde faço graduação em biotecnologia. Gosto de arte, cultura geral, animais domésticos, psiclogia, história e filosofia. Gosto de algumas pessoas também. Aprecio culinária japonesa... mas tem que ser sem carne. Gosto de escrever, desenhar, conversar, tocar violão, perder tempo na internet e dormir.


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Todas as cores do preconceito

Segunda, 20 de junho de 2011

No carro estavam três garotas e um rapaz, que dirigia. A conversa animava aquele momento e entre vários assuntos comentados, chegou o momento de comentar a vida alheia. Falou-se sobre duas garotas que teriam ficado. Até aí, sem surpresas. Mas a reação das duas meninas no carro, ao menos para mim, foi uma grande surpresa. Comentários pejorativos e até manifestando asco da situação surgiram e foram se somando a ironias, como a idéia de parar o carro e voltar, para nem ter contato com tais pessoas. Ou a de parar de freqüentar aulas em comum com elas, já que aparentemente o comportamento diferente do heterossexual estaria se disseminando.

Acredite: A cena ocorreu no século XXI, este ano. O grupo que conversava era formado apenas por universitários, todos maiores de idade e já tendo razoável "experiência de vida". Mas a mentalidade parecia ter parado em um tempo diferente do contemporâneo, talvez até anterior ao nascimento de todos os indivíduos presentes no carro. Soube porque estava lá. Opus-me a muito do que foi dito. Até que uma das garotas tenta retrucar, afirmando que eu "gostava" do que as meninas haviam feito, partindo do princípio de que só alguma adepta poderia considerar aquilo normal ou digno de aceitação e respeito.

Respondi que não via problema em saber que pessoas tinham preferências diferentes das minhas. Uma das meninas disse então que também não via problema em quem havia decidido relacionar-se com alguém do sexo oposto ou de seu próprio, mas que não se conformava com pessoas que ficavam com ambos (bissexuais) e por isso "não se decidiam". 

A discussão não tinha mesmo muitas razões para continuar. Mas é impressionante o fato de pessoas que se dizem "moradores de cidade grande" (quando a mesma tem pouco mais de 300 mil habitantes) manifestarem esse tipo de preconceito. E ainda: uma dessas pessoas teoricamente conviveu muito com o preconceito, devido a uma de suas características físicas (algo que a mim decididamente não importa, mas que já vi ser pretexto para discriminação e brincadeiras de mau gosto: a cor da pele). 

Não quero ser intolerante com essas pessoas também, só por sua forma de pensar. Assim como devo aceitar as diferenças, é preciso aceitar opiniões diferentes das minhas. O fato é que qualquer tipo de preconceito traz mais discórdia à humanidade, já saturada conflitos. E por falta de respostas minhas, deixo a conclusão do texto para alguém mais habilitado: “A arte de viver é simplesmente a arte de conviver... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!” (Mário Quintana).  



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Maurélio Machado


"A sombra é sempre negra, nem que seja de um cisne branco." (Pablo Neruda)Devemos respeitar as diferenças, porém ninguém poderá me convencer a concordar com todas elas.Jamais toleraria dois "marmanjões se beijando em público" (se isto for homofobia, sou homofóbico).Não tenho preconceitos contra gays,lésbicas, negros, nordestinos etc...mas cada um tem o dever cívico, moral e ético de se comportar conforme as regras de uma sociedade civilizada.Abçs, grato por sua visita na coluna.

Responder      27/06/2011

Danielle Pykocz


Como lidar com opiniões diferentes quando elas dizem respeito às coisas que tento combater, como por exemplo, a homofobia? Isso já foi para mim um dilema, hoje não mais. Esse é um dos casos que exige um posicionamento, não é possível relativizar o tempo todo. Acredito que a causa vale a luta, mas a luta não precisa ser hostil, discutir o assunto é sempre a melhor forma. Abraços!

Responder      27/06/2011

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