Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Por vezes o único e melhor conselheiro. O silêncio externo pode provocar o barulho interior. É preciso treino também para gerenciar tal segmento em nossas vidas.
Mas por hora me refiro aos que trabalham com educação. O barulho nas escolas é algo rotineiro. Gritos e correrias fazem parte do ambiente.
Ou riem, ou choram, ou se empilham nas salas de aula, ou se amontoam nos recreios. É muito interessante a dinâmica da criança e do adolescente nesses processos.
De repente, recesso escolar. Ficamos sozinhos nas escolas. O silêncio até nos assusta. Outros barulhos são ouvidos. O da voz das serventes, o de um funcionário falando ao longe. Chuva, vento. O burburinho na rua. Nos acostumamos com o tumultuo a ponto de acharmos o local um pouco sombrio e assustador. Salas vazias, corredores em silêncio. Sem merenda, sem sinal, sem a infinda fila de perguntas: Onde isso, e aquilo. Quem veio, quem foi. Quando, como. E tantas mais.
O recesso escolar é positivo em todos os sentidos. Um descanso para os alunos, um recarregar baterias para o professor, uma trégua para o administrativo.
Por outro lado leva-nos a valorização do dia a dia. Como é bom termos trabalho e com o que, no bom sentido, nos incomodar. Não fosse isso não teríamos abarcado tal missão e ano após ano permaneceríamos debruçados sobre ela.
Que o silêncio do recesso nos sirva tanto para revitalização de energias, como motivação em sentirmos falto do nosso combustível. Voltando melhores e mais entusiasmados para a reta final.