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A vista do meu ponto - Jonny Zulauf


Advogado


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JURO QUE EU PAGO

Quinta, 09 de julho de 2015

 

Pode ser legal para os amigos do rei. É um filet mignon para os associados da Febraban, mas é extremamente nocivo à toda coletividade. Abusivo ao mercado e imoral para a sociedade. A estratégia do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central em usar a elevação da taxa básica dos juros como fórmula de conter a inflação, beira atitude insana. 13,75% ao ano. É descarada a revelação de instituições financeiras que chegam a cobrar mais de 370% de juros ao ano dos pobres brasileiros. Tudo assustador quando comparam-se os juros básicos do FED Americano que oscila entre 0,25 a 0,5% ao ano e, outra comparação, com juros Europeus ao público que alcançam “absurdos” 3,5% ao ano. Fora do sistema financeiro, os juros no Brasil têm o limite da Lei de Usura, Decreto 22.626/33, em 12% ao ano! Comparar com o rendimento da Poupança, quando o que o sistema paga ao cidadão por aplicação é tão escandaloso quanto o “Petrolão”.

 

BOMBEIROS

Nesta semana, dia 2, é homenageado o Bombeiro. Ao lado do reconhecimento oficial da data que existe para tudo e para todos numa subjetiva e questionável provocação de interesses comerciais (mães, pais, médicos, funcionário público, professores, advogados, etc), para esta atividade merece ser destacada a maior condecoração possível que é o reconhecimento unânime e nacional de que representa a maior credibilidade. Segundo o índice IBOPE Inteligência, os bombeiros figuram no topo desta avaliação. Ganham até da Igreja e das Forças Armadas. Particularmente rendo homenagem especial a todo homem bombeiro, mas destaco o mais valioso de todos, o bombeiro voluntário e todos que têm a consciência da importância do voluntariado. Puro, verdadeiro e autêntico.

 

ESTADO BOMBEIRO

O reconhecimento destacado à instituição do bombeiro voluntário é a de que ele é imune aos mais terríveis tentáculos dos incontroláveis efeitos do corporativismo estatal, com as mazelas que decorrem dele. A simples comparação dos custos de manutenção de uma instituição pública a outra de caráter privado, revela o dano que a sociedade sofre com o domínio público. As denúncias reveladas na posse da Associação Empresarial de Joinville no último dia 29.6, na presença das maiores autoridades do Estado – Governador, Senadores, Deputados Federais, Prefeitos – alguns reféns deste corporativismo por interesses políticos, são de que o Estado gasta 294 milhões de reais no Estado para atender 40 municípios onde está presente, tendo a conta de R$ 5,6 milhões de reais  por mês para os inativos. Joinville, com o bombeiro voluntário, o gasto com inativos é ZERO! Este ônus crescerá indefinidamente as nossas custas. Reflitamos...

 

BOMBEIRO DE SÃO BENTO

O orgulho e a referência histórica que é o perfil da nossa sociedade associativista e voluntarista sempre foi o bombeiro voluntário. A “fórceps”, quebrando a espontânea organização local, o bombeiro militar veio a São Bento. Inibe a mais valorosa das culturas que sobrevive em algumas cidades de Santa Catarina a um custo infimamente inferior, marca de países desenvolvidos como a Alemanha, com instituições privadas. Óbvio, focado em receitas de taxas e por isto está somente em 40 maiores cidades do Estado, atendendo o que já atendido estava, sufocando o voluntarismo. Não veio poderoso, exceto pela “chapa branca” das leis corporativistas, pois desde os primeiros equipamentos, móveis, viaturas e edificações sempre contou com o espírito comunitário da cidade. Integraram-se e, por excepcional convênio, o FUNREBOM. As taxas aqui cobradas, aqui são aplicadas, o que proporciona invejável qualidade de serviço e referência institucional. O drama, agora, é o Ministério Público de São Bento, “recomendando” ao Prefeito Municipal, para que não cumpra o convênio, mandando as receitas para o Estado! Verbas para aumento salarial?

 

CONSULTA POPULAR

No democrático estado republicano em que nos orgulhamos viver e no espírito de transparente representatividade da Câmara dos Vereadores, entendo que deveria ser feita uma consulta à comunidade sobre a outorga de títulos honoríficos à “autoridades” que passam por aqui. Tenho a impressão de que alguns foram concedidos por submissão, medo, pressão pessoal, ou equívocos de avaliação.  Enfim, o reconhecimento das qualidades de quem é pago para ser “autoridade” e cumpre seu dever funcional, salvo justificadas contribuições pessoais e reais à comunidade, não merece a condecoração. Lembram dos valores de Stalin, Lenin, Hitler. É. Lá erraram e corrigiram.



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