Advogado
A notícia do evento sobre o encontro do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor já foi veiculado em todos os meios de comunicação local e estadual. É sem dúvida marcante para nossa comunidade, tendo a Associação Empresarial de São Bento do Sul pelo seu núcleo de Jovens Empreendedores como anfitriã. Mas o mais importante a ser destacado é o valor do movimento que é o de maior expressão em todos os Estados da Federação, mostrando mais uma vez que Santa Catarina tem um diferencial na essência de sua gente, no perfil de seus cidadãos. Relevante, ainda, é a forma ativa e dinâmica com que este segmento de moços e moças ligados de alguma forma a atividade empresarial vêm se articulando. Trabalham em exemplar ação de voluntarismo e associativismo. Reivindicam e desenvolvem seus negócios com reflexos na sociedades em que atuam. Com uma valorosa motivação de convívio, crescem individualmente e projetam-se em todas as áreas com suas competências potencializadas. Muitos egressos dos primeiros núcleos de jovens, já deixaram esta característica da idade, mas continuam destacadamente no meio em que vivem, mostrando que o movimento bem articulado é definitivamente um celeiro de líderes e expressivos empreendedores.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Da arcaica legislação insculpida na velha CLT, nossa legislação do trabalho influenciada pela ainda mais antiga Carta del Lavore, da época de Mussolini, de 1943, ainda em vigor no Brasil, colhem-se conceitos, regras e dispositivos hoje despropositados. Mesmo alterada em algumas circunstâncias pela Constituição, a essência continua a mesma, a exemplo do sistema sindical brasileiro. Questão, aliás, referendada pela Constituição de 88, em que, ao par da remessa a livre organização sindical, passou ao sistema a necessária e salutar auto sustentação, retirando o Estado como entidade protetora e sustentadora de suas estruturas perdulárias. Era o clamor da sociedade e foi atendido pela magna carta, acabando com o controle e a possível intervenção das entidades pelo governo do plantão. Entretanto, num processo de corporativismo extremo e radical, os sindicatos livraram-se do Estado, mas mantiveram todo o aparato que legitimava o poder da entidade sobre os contribuintes, membros das categorias. As contribuições deveriam passar a ser espontâneas e naturalmente vindas dos assistidos pela categoria em troca da defesa e tutela que o sindicato deveria prestar. Tudo ficou com dantes. As gigantes estruturas dos sindicatos laborais e patronais, encastelados e sob as mais variadas justificativas, mantém seus impérios inúteis e apadrinhadores de uma casta digna de comparação com a obra A revolução dos Bichos de George Orwell. Basta ver as guias de “Contribuição Sindical”. Todas tem no cabeçalho as armas da República e menção ao Ministério do Trabalho, ao Governo Federal, enfim, buscando dar aparência de legitimidade e legalidade. São bilhões de reais que a sociedade brasileira paga a um sistema altamente questionável, contribuindo para a manutenção do alto custo Brasil. Igual o Corporativismo de toda a máquina Estatal.
VIVA A AMÉRICA
Repetindo um tema que merece sim, ser repisado, fui motivado por um encontro com pessoas que já descobriram a beleza da nossa América. Já afirmei que, há mais de uma década, naturalmente depois de seguir os impulsos naturais de viajar para o além mar, que temos ao nosso lado um infinidade extraordinária de variedades culturais, naturais e de experiências incríveis para serem experimentadas a custos reduzidos e viável em pequenos períodos de folga ou férias. As variedades dos pampas, gaúchos no Brasil, mas que se estendem até os mais distantes rincões da Patagônia Argentina, emolduradas pelas montanhas do grande complexo formado pelos Andes que perpassa vários países americanos, as praias, os desertos, a neve, os gigantescos salares, os picos como o Aconcágua. Está aqui, ao nosso lado. Muitas vezes por ignorância, muitas vezes vizinhos como Paraguai, Uruguai e Bolívia são depreciados, como lugares até secundários em relação aos nossos arrogantes padrões brasileiros, mas não é verdade. Cada um deles apresenta elementos de toda ordem, muito interessantes. Da culinária, aos costumes. Do clima a organização social e política. Do relevo e das vocações de pecuária e lavouras. A riqueza da diversidade é impressionante. Pinçando um exemplo próprio o exclusivo da América do Sul, as lhamas e alpacas. Não as temos no Brasil, mas são geradoras de curiosos costumes, muitas vezes vitais a sobrevivência de comunidades andinas. Fornece o leite, a carne, ajuda em transporte, dá lã que permite a criatividade impar de roupas, agasalhos, e cobertores. Até as fezes secas servem como carburante para manter o fogo em regiões desprovidas de vegetação mais substanciosa para a queima. Decorre delas, ainda, o convívio como qualquer animal doméstico, inspirando o folclore, a arte e identidade de um povo. Muito rico. Em arremate, outra curiosidade: Pastando, a Lhama alimenta-se de pequenos arbustos de uma gramínea própria dos andes, sem jamais comer ou danificar toda a planta, permitindo que ela se regenere e volte a ser fonte de alimento no futuro!