GREVES EM SETORES PÚBLICOS

Professores, Bancários, Servidores Públicos, em greves intermináveis. É a contaminação da bancarrota moral gerada no exemplo dos governantes brasileiros. Algumas constatações estão claras. O foco está no servidor ou serviço público, ou nos serviços públicos em concessão. Danos sem limites são causados à sociedade e aos órgãos afetados pela forma irresponsável de reivindicar. É hora de serem impostos limites, a começar pela suspensão da remuneração àqueles que não prestarem serviços. Se julgada ilegal, a greve deve gerar a responsabilização dos sindicatos e dos aderentes ao movimento para repor o prejuízo. Qual a razão de nós, pessoas comuns da sociedade, em termos de sofrer com estes movimentos tão radicais. Jamais esquecendo de responsabilizar os gestores públicos quando derem causa a situações de impasse, como o do governo do Rio Grande do Sul que não paga em dia os salários. Com as modernas formas de gestão administrativa e financeira, não há desculpa para falta de recursos ao pagamento dos servidores. A má gestão é evidente e deve responsabilizar os políticos de plantão. Cabe aqui o registro da indignação ao movimento dos peritos do INSS amargando profundamente a difícil vida dos beneficiários que desesperadamente necessitam de avaliação, para gozar de um direito a tratamento e, inclusive, para voltar a trabalhar. Quem são estes poderosos que desafiam a ordem pública e as garantias humanitárias básicas da população?

GREVES NO SETOR PRIVADO

O assunto poderia ser relegado a questões individuais de cada empresa ou organização. São menores em termos desafiadores do bom senso pois permitem a demissão do rebelde e insatisfeito. Entretanto, em algumas situações são igualmente danosa à sociedade com deliberada provocação das partes. A proposta ainda na oportunidade das negociações salariais da Febraban em reajustar os salários em praticamente a metade (5,5%) da inflação do período (9,88%) foi proposta de briga, considerados os resultados financeiros dos bancos que são conhecidos por todos. Com os lucros que auferem, campeões do mundo, responsáveis pelo equilíbrio do sistema e dos serviços bancários aos quais todos estamos dependentes, justifica repreendê-los. Ouvi na oportunidade da paralização dos bancos: “Com as portas fechadas, estamos ganhando muito dinheiro em negócios especiais com grandes clientes”. A conta deve ser cobrada. A sociedade foi prejudicada sim, merecendo reparação. Até hoje, passados mais de 15 dias da superação do impasse, muitos cidadãos se veem embaraçados com créditos não recebidos, contas atrasadas, multas e perdas de negócios por causa do fato irresponsável pelos seus efeitos.

PASSE LIVRE

Na última terça feira, dia 24 de novembro, José Carlos Bomlai foi chamado para Curitiba, a pedido do Juiz Sérgio Moro, como diz a canção, “acompanhado por dois soldados”. Na verdade é uma nova vertente de investigação provocada por alguns mal feitos, como adota a dona Dilma, percebidos na Petrobrás. O “convite” e a recepção na carceragem da Polícia Federal só tem o fim de esclarecer pequenas coincidências do amigo íntimo do ex-presidente Lula. Ele havia emprestado R$ 12.176.000,00 (hoje corrigidos mais de R$ 20 milhões) ao PT. Depois, ao intermediar, sem licitação, a compra de um navio sonda do Grupo Schahin, por R$ 1,6 bilhão de reais, perdoou a dívida do partido! O advogado dele já disse que a intermediação na compra do navio sonda nada tem a ver com ele, pois foi um negócio da empresa “São Fernando” que é de seus filhos. Esclarece, também, que, o “passe livre” que sempre teve para estar com Lula, Delúbio e José Dirceu, à época do governo é por pura amizade. Escrevendo estas linhas, recebo as notícias sobre a prisão do banqueiro André Esteves  e do Senador Delcídio do Amaral. Bom assunto para semana que vem.