Advogado
Tinha como um dos meus objetivos nas andanças pela Itália neste outono (Europeu), passar pela Toscana, visitar a região desta famosa e conhecida fonte de um dos melhores vinhos do planeta. É uma região deslocada dos eixos de grande fluxo turístico que visita o país das maravilhas históricas de Roma, das impagáveis paisagens da costa Amalfitana, das características tão marcantes dos Napolitanos, ou mais ao norte o charme de Veneza, a modernidade de Milão, dentre outras maravilhas deste celeiro de manifestações culturais. Notória aos admiradores de vinhos, a Toscana consegue ser surrealmente simples e autêntica na sua identidade. Para duas das cidades marcantes na produção de vinhos, Montepulciano e Montalcino, entre outras, não há autoestradas, nem ferrovias, só estradas vicinais. O genial, mesmo, é deslocar-se de carro, com a liberdade que este meio permite em dosar a velocidade e o tempo para as paisagens lindas, em região montanhosa, marcada pelos vinhedos sem fim. Surpreendeu-me a cidade, Montalcino, um ícone da cultura regional. Não é mais que uma pequena vila, na área central marcada por edificações medievais de pedra, com marcas do império romano, para ser curtida a pé.
BRUNELLO DI MONTALCINO
Mesmo como amador, nos encontros de confraria de vinho, sabemos todos que os Brunellos são destaques em qualquer lugar do mundo. Mas foi lá, degustando na fonte, que descobri curiosas características. A denominação que é de ordem legal, fixa a “Denominação de Origem Controlada e Garantida” para os vinhos produzidos nesta região da Toscana. E, mais curioso, todos os Brunellos são produtos gerados pela variedade da uva Sangiovese, lá chamada de “brunello” por causa de sua cor escura. O cultivo desta uva tem registros de sua qualidade e reconhecimento desde meados de 1.800, mais recentemente obedecendo a alguns requisitos de tempo mínimo de dois anos em barricas de carvalho, bem como mais alguns meses em garrafas nas adegas das centenas de produtores. Sim, são centenas deles, grandes e pequenos, todos perseguindo acima de tudo, qualidade para a certificação DOCG. Disputam referências geográficas de encostas mais ensolaradas, irrigadas naturalmente, de solo especial por qualquer detalhe, diferenciando-se para atender o mais apurado paladar do “sommelier”. Preços: Lá, como cá! Mas vale mesmo, mesmo.
LULA LÁ
Tudo tem limite. Alguns com um cinismo ímpar, bem no padrão “cara de pau descarado”, como os corruptos de carteirinha Renan Calheiros, Jader Barbalho e o campeão, Eduardo Cunha, todos da alta cúpula do legislativo federal. O senador Delcídio do Amaral, preso na semana passada é, na afirmação do chefe, o autor de “uma grande burrada nesta tentativa de impedir que Nestor Cerveró o delatasse”. Lula também chamou Delcídio de “imbecil por ter se deixado gravar numa ação criminosa”. Que classe que nada. Quem manda ser burro e não fazer bem feito como o chefe! Mas arrisco uma atitude para a chapa quente: Logo, logo, o chefe terá uma crise de saúde. Algo que nem o Hospital Sírio Libanês vai saber tratar. Ele será levado as pressas para o melhor centro de saúde o mundo, em Havana. Alguns assessores e familiares devem acompanhá-lo para dar apoio moral e agradecer aos irmão Castro a hospitalidade. Itália não, pois livram-se de corruptos devolvendo-os. O Maduro pode cair muito provavelmente. O Paraguai já era, está civilizado. A Argentina com Macri quer virar a casaca. Então, como tudo tem limite, até a capacidade de blindagem pode dar sinais de ruptura, o chefe que não é burro e que de idiota não tem nada, forrado em bilhões de reais desviados pelo seu partido, o PT, terá um longo período de recuperação na paradisíaca Cuba, Libre.
ACREDITE SE QUISER
Luciano Coutinho, presidente do BNDES foi à grande imprensa nacional no último domingo dizer que o Banco não emprestou para a empresa insolvente São Fernando Energia e ao seu acionista José Carlos Bumlai (preso). O amigão do Lula (ainda livre). Ele afirmou que só repassou e quem emprestou foi o Banco do Brasil e o BTG do André Esteves (preso). Até aí, está coerente com o grupo de confiança da administração federal do PT. O difícil é acreditar na sua declaração final: “O BNDES não teme o debate e nem ser avaliado por suas opções estratégicas. Mas as informações precisam ser fidedignas para que a discussão seja justa”. Se assim fosse, por que é que nem o congresso consegue saber dos empréstimos a Cuba, à Venezuela, às obras das “sérias” empreiteiras brasileiras na África, agenciadas pelo ilustríssimo ex-presidente Lula?