Advogado
Tendo passado recentemente por áreas comuns a viajantes pela Africa do Sul e hoje regressando de um giro que envolveu a Espanha, a Itália, a Eslovênia e a Croácia, não há como não comparar ambientes semelhantes destes distintos países, com o que temos no Brasil. Não vou a avaliações aprofundadas da economia, a formação étnica, ou cultural, mas tão somente ao visual e a utilidade da estrutura, o que por si só potencializaria mais a qualidade dos aeroportos e das estradas quando comparadas com as brasileiras. Aqui em obras e reformas no padrão ponte Hercílio Luz, talvez o maior descalabro do mundo em gastos para nada realizarem, as principais saídas internacionais, Rio e Guarulhos, não passam de improvisados e mal cuidados ambientes. Quase como rodoviárias do interior. No geral, desde a funcionalidade, a limpeza e o atendimento do velho Galeão é uma vergonha.
COMPARAÇÕES
Sem falar das Autobahn da Alemanha, a qualidade da rodovia BR 101, que também parece não interessar aos governos que fique pronta, é via desqualificada se comparada com as auto estradas da Itália e das ressurgentes Croácia e Eslovênia. Um show de técnica rodoviária, lógica previsível e sinalização padronizada. Quem patina um pouco por não traduzir para o inglês seus escritos é a Croácia. Neste particular, ao nosso lado, Curitiba pode ser referência muito positiva, exceto a integração das rodovias com as vias estruturais municipais que deixam a desejar. Em Florianópolis, embora caótico como um todo, o nó górdio dos acesso à capital foi afastado da ilha com via expressa que o colocou no município de São José.
REVISÃO
Até motivado por exigências legais, o nosso município esta passando pela revisão de seu plano diretor. Parte de um amplo planejamento estratégico que assume contornos de esboço para sua organização e funcionalidade futura. A forma democrática e participativa da revisão e a dedicação dos técnicos merece elogios. Há muitas gestões públicas que o desenvolvimento local carecia de um plano efetivo sobre o qual deve seguir o ordenamento da cidade, permitindo não só a administração pública agir de forma mais eficaz, econômica e racional em termos de prioridades, mas, também, aos próprios munícipes em aproveitar melhor as definidas áreas urbanas em ocupação e investimentos. Ainda assim, este assunto não é para amadores e idealistas acharem o que é melhor fazer. Um órgão permanente de planejamento com profissionais concursados daria mais segurança às ações governamentais. Gastaríamos menos e estaríamos menos sujeitos aos humores e vaidades dos políticos de plantão.
NOVO PERFIL
Mudou flagrantemente o perfil dos passageiros nas áreas de desembarque internacional. Aqueles evidentes importadores informais praticamente desapareceram e o volume de “bagagem” diminuiu a olhos vistos. Até para os voos ao velho continente há mais tranquilidade nas zonas de desembarque e os aviões com muitos lugares livres. Para quem não encara o “transporte” internacional, está tudo mais confortável e diria até, pacificamente civilizado. Repiso minha experiência recente em verdadeira missão ao Paraguai, onde esta mesma impressão é colhida até nas ruas da Cidade de Leste. É, o câmbio na relação atual só está agradando aos exportadores.