Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Quem diria, correria de final do ano. Todo mundo estarrecido que as coisas acontecem cada vez em velocidade mais rápida. É preciso fôlego para acompanhar tanta inquietação.
Decorações a postos. Presente daqui e dali. Uns bem organizados, outros nem tanto. Mas a pressa é notória. Ninguém consegue vivenciar a data como fazíamos antigamente.
Era uma vez que podíamos calmamente passear de carro para apenas observar os luminosos. Ou a pé para que as agradáveis noites de dezembro se dessem frente as vitrines coloridas e os cumprimentos entre conhecidos.
Presentes guardados semanas debaixo da árvore geravam expectativa, principalmente os que ainda não tinham cartão.
Os enfeites da casa, do jardim. As conversas. As confraternizações. Os amigos-secretos. Tudo se dava com empenho diferenciado.
Hoje parecem obrigações sociais. Formais. Exigências do próprio desencargo de consciência.
E chega o Natal. E chega o ano novo. E começa tudo de novo. E belos propósitos já ficam esquecidos nas férias e voltam muitos ao trabalho reclamando de cansaço e procurando no calendário o primeiro feriado a vista.
O que estará acontecendo? Quem nisso tudo perdeu o trem da historia? Onde vamos parar se algo não for feito?
O que acontece é que o homem está robotizado e mecanizado. Não tem tempo para “bobagens” como afeto, carinho e amor. Isso o torna frio e torna os outros de certa forma frios, calculistas e insensíveis.
Quem perdeu o rumo é o próprio ser humano afastado dos valores espirituais, de seu eu interior e de Deus.
Onde iremos parar? Num caos total, emocionalmente falando, se não nos dermos conta de que a vida precisa ser repoetizada.
Por isso, num sentido simbólico, nesse final de ano: Pare, olhe, escute. Não corra demais e por conta disso, nem mate e nem morra.