Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Entramos no efeito elástico. Esticou, esticou e não arrebentou. Faço menção às eleições presidenciais que passaram ao 2º turno.
Será necessária nova esticada, bem forte, para arrebentar e ver de que lado rompe.
Para os soberbos de carteirinha, arrogantes e prepotentes, que acostumados à malandragem imaginavam tudo resolvido num 1º turno, ótimo resultado. Mesmo que vençam no 2º , o topete e a empáfia já teve que cair um pouquinho. A dor de barriga vai incomodar mais um tanto. O sono ainda não será tão tranquilo.
Já caíram fora os sem expressão, os fanáticos, os desiquilibrados e os discursos decorados de cartilha, semelhantes aos da alfabetização primária.
Ficaram os dois lados de uma mesma moeda. Iguais, por serem políticos trazendo histórias já conhecidas no envolvimento com “rabos presos” e “passados duvidosos” . Diferentes, pelas propostas e pela possibilidade de acentuados novos estragos no futuro ou não, conforme a opção.
Temos um candidato dizendo que fará isto ou aquilo, esquecendo que já deveria ter feito. Pois se lá está, o que o impediu até então. Conhecido pela capacidade de mentir deslavadamente e não ficar vermelho. Histórias de guerrilhas, matanças e coisas da jagunçada.
Outro candidato com propostas que não fogem do que sempre se promete e não convencem, como há muito, o povo um pouco mais pensante. Se fosse verdade, alguém já teria feito.
Um diz que tudo está sob controle. Que possui um domínio total sobre qualquer segmento. Fala e ao seu redor tudo cai e despenca.
Outro diz que virá para colocar em ordem uma casa por onde já andou. Quando andou não achava tão desorganizada assim. As coisas mudam a cada instante como dia e noite.
Ao final só nos resta uma alternativa. Entre o roto e o amassado, escolher aquele que possa errar menos e provocar menos estragos. Obviamente o menos fanático. Sem dúvida aquele que não negocia o que não é seu. Que não obedece tão facilmente os “gurus” dos bastidores. Que não permite o roubo descarado de tantos milhões de reais. Que seja ao menos novidade.
O novo é sempre uma possibilidade. Que o novo possa ousar. Possa tentar. Possa ameaçar. Quem sabe, nunca se sabe, assumir...