Equilíbrio

Equilíbrio

O ser humano chega a ser mais engraçado do que ridículo, quando falamos de disputas e necessidade egóica.

 Fico perplexo ao ver as guerras que se declaram por questões envolvendo posição, cargos, salários, exibicionismo, aparições, mostrar o rabo, cantar de galo, e por aí vai.

O homem é movido por instintos, raciocínio, emoção e espiritualidade. Ou isso entra num equilíbrio aceitável, ou teremos que conviver com pessoas cretinas e imbecis, como tantas que conhecemos.

Instinto em alta. Ações de um animal. Vale até o comparativo. O indivíduo é tanso como um burro. Grosso como um cavalo. Solto como uma galinha. Covarde como um avestruz. Venenoso como uma cobra. Sujo como um porco. Enfim, a bicharada toda caberia por aqui.

Raciocínio em alta. Tudo gira em torno do ter. A matéria torna-se fundamental. É quando ganhar dinheiro e viver em função de “ coisas” se delineia como objetivo de vida. Passando por cima de quem for. Doa a quem doer.

 Emoção em alta. O comportamento é quase que bipolar. Tudo fica à flor da pele. O riso é escancarado, por pouca coisa. O choro é prolongado, por motivos superdimensionados. A dor é maior. O prazer é exagerado. O ódio é de morte. Os extremos possuem as rédeas. Ao final, o sofrimento se instala pela falta de compreensão.

 Espiritualidade em alta. Sem estar vinculada ao meio, leva-nos a um estado desconectado da realidade. O sujeito viver alienado, mergulhado em pensamentos não acessíveis, provoca obviamente reações de rejeição e introspecção cada vez maiores.

Equilíbrio. Eis a receita. Fácil? Claro que não. Fosse fácil, psicólogos não existiriam.

Evidente que por vezes estamos propensos a isso e outras aquilo. Momentos em que um setor se destaca mais que outro. Porem a busca do equilíbrio já é demonstração suficiente de que se quer o melhor.

O que é o melhor? A princípio procurar estar de bem comigo mesmo, com o outro, com o universo e com Deus. Melhor que isso? Só se a ausência de tudo isso, a morte, para novas experiências em algum outro lugar...