Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Adentramos o período do advento. Tempo de espera. Época de preparação. Momento de abertura interior no que tange questões da alma e do espírito.
A proximidade do Natal costuma levar o homem moderno ao equivoco. A inversão de valores fez com que a data fosse transformada em comércio e perdesse muito das premissas cristãs.
Não é difícil verificar as pessoas completamente estressadas, com uma gigantesca gama de preocupações que envolvem notoriamente presentes, decoração, comidas e bebidas. É alucinante o ritmo que se imprime para gastar muito, com bobagens, em pouco tempo.
Terminam as festas e fica o vazio. Tudo gira em torno de obrigações e formalidades. E a essência onde ficou?
É isso que se pede no período de advento. O respeito ou a manutenção da essência. São 04 domingos, em que 04 velas são acessas gradativamente. Velas que iluminam simbolicamente o ser humano nos 04 cantos do mundo.
A guirlanda verde esperança, iluminada com a chama da fé, enfeitada com fitas vermelhas representando a vida e adornos festivos para a espera de alguém especial. Redonda, pois é infinita e é o mundo carinhosamente depositado na mesa das famílias, da grande família de irmãos em Cristo.
Cada semana uma celebração. Um passo a mais para a chegada do Prometido. Uma alegria maior e intensa. Um sopro próximo de Boa Nova.
Tudo contorna a chegada do Menino Jesus, que vem trazer sua mensagem ao mundo terreno e apresenta à todos uma proposta de salvação.
Que o advento nos sirva de referência para olhares sensíveis. Que possamos abrir mão de determinadas futilidades e nos empenhemos em ações de afeto, carinho e amor ao próximo.
Façamos caridade, ajudemos os menos favorecidos, sejamos obreiros no silêncio, sem alarde e propaganda.
Todo ano a mesma coisa? Sim. O que não é exercitado, é esquecido. Preparemos nosso templo pessoal e esperemos com total despojamento e muita receptividade.
O bem atrai o bem.
E alguém está vendo tudo isso de onde nunca estivemos. E está ponderando. E está sempre ali. E perto. E isso basta...