Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Corrigir o que nos parece incorrigível. Difícil de entender o comportamento de determinadas pessoas. Entre tanta coisa boa e útil para se fazer no mundo, temos os que se ocupam em infernizar a vida alheia.
Mesmo sendo psicólogo, como humano me vejo sem respostas para certas posturas. Pode existir gente – ou projeto de gente – tão ruim na face da terra? É necessário que algumas criaturas sejam invejosas, rancorosas, mal amadas, mal resolvidas, a ponto de só se preocuparem com o inútil, com o desserviço, ao invés da produção positiva?
Quando estão bem, são más. Quando estão na pior, são más. Quando estão numa posição privilegiada, são más. Acho que, se morrerem, serão espíritos do mal. Terão que reencarnar ligeiro, e milhões de vezes, até chegar à normalidade.
Parto do princípio de que tais problemas de personalidade vêm de toda uma desgraçada história de vida. Pais que não foram adequados. Desafios não assimilados. Dores não curadas. Culpas, medos, angústias sem tratamento promissor.
Casamentos infelizes. Amantes que não corresponderam. Falta amor, afeto, carinho, sexo, falta tudo. E o preenchimento do vazio se dá com o fazer maldades, não importa a quem. A missão é não falhar na parceria com o diabo – e olha que de certos ordinários até o diabo tem receio.
Apesar de não ser compreensível, temos que tentar lançar um olhar diferenciado para esses pobres coitados. São ruins de tudo, até para planejar sacanagem. Acabam no final se enterrando nos buracos que, sozinhos ou com parcerias podres, cavaram.
O mundo é assim. Uma competição em que alguns filtram e outros se perdem em cascas e contornos.
Tenhamos fé e firmeza em nossas crenças. Tentemos aceitar que todos aqui estão em processo evolutivo e de purificação. Os mais inferiores são os que agem ainda com modos primitivos.
Fazer o quê? Rezar. Rezar para manutenção da nossa clareza, retidão e discernimento. Rezar também pela aquietação e recuperação de tão desprezíveis almas.