Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Pequenas coisas costumam passar despercebidas, por estarmos sempre com pressa e com os olhos no que virá e não no que está.
Podem tornar-se grandes se analisadas de acordo com seu real valor. Afinal, o toque grande ou pequeno depende daquele que vivencia a experiência.
Quantas vezes nos irritamos e permanecemos horas remoendo algo desagradável que nos foi dito. Algum comportamento que consideramos indelicado. Uma reação que fugiu ao esperado. Um presente que não nos agradou. Um evento que frustrou expectativas. Uma viagem desastrosa. Enfim...
Por outro lado, quantas vezes observamos o brilho do sol sobre a água do mar? O reflexo da lua sobre um lago silencioso? O barulho orquestrado da chuva em sedentas folhas? Temos ainda o burburinho da água num córrego. Flores perfumadas. Aves multicores. Ventos envolventes. E não terminaríamos nunca a lista do que pode nos trazer tanto êxtase e bem estar.
Sejamos pessoas um pouco mais simples. Façamos da caminhada um passeio de culto ao belo e não de lamentações. Fixemos nosso pensamento no contorno certo pertinente a tudo e não nas formas nem sempre perfeitas que buscamos.
A arte de apreciar o mundo está em nosso interior. Tudo será motivo de agradecimento ou ingratidão, dependendo de nosso manancial pessoal.
Que grandes coisas sejam conquistadas e aclamadas. Mas que pequenas coisas recebam atenção especial e proporcionem alegria ímpar.
Só assim, balizando tais extremos, é que poderemos rumar em direção à realização maior. E essa se dá, acreditemos, quando encontramos nosso preenchimento na somatória: paz, amor, Deus.