Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Advento
Estamos em dezembro. O ano nos acena com sua natural retirada. Ficamos perplexos com a rapidez inerente ao tempo. Por um lado o tempo é sempre o mesmo, por outro nós é que nos tornamos mais escravizados, tomados por compromissos e afazeres estranguladores, diferentes de como se vivia em períodos outros.
Junto com o último mês do ano, chegou também o advento.
O que significa? Muito para os cristãos. É o tempo de quatro semanas que antecede o Natal. É oportunidade de reflexão, mudança de propósitos, orações diferenciadas e aprofundadas.
Podemos, sós ou acompanhados, com família ou amigos, com grupos de espiritualidade, enfim, reunirmo-nos ao redor da verde e esperançosa guirlanda representando o universo e, semana após semana, acendermos as velas com cores e simbologias específicas. Ao término, os quatro cantos do mundo estarão iluminados com a imensa energia do Senhor Deus.
O importante nisso tudo é o preparo interior para o acontecimento. É aqui que podemos, num ciclo histórico, rever conceitos, perdoar e amar incondicionalmente os irmãos que dividem conosco partes do planeta.
Advento é eliminar gradativamente os inoportunos problemas que nos afligem e substituí-los pelo novo, impregnado de bem e paz.
Advento é preparar-se para morrer frente ao antigo, quando ruim e inútil e nascer para desafiadoras propostas de harmonia, buscando valores eternos.
Que façamos do período um processo belíssimo de morte e vida.
Morte para o velho e vida para o novo. Tal qual o Menino Jesus na manjedoura, renasçamos e reiniciemos um sopro promissor.
Todos os anos tal espaço nos é oportunizado. Sendo assim, que, por conta do Natal, sejamos melhores, evoluídos e, consequentemente, muito felizes, bem além dos motivos que já temos para sê-lo.