Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
A mentira
A dicotomia verdade x mentira é algo que acompanha e assola o ser humano desde os primórdios dos tempos.
Dizeres conhecidos sobre tais conceitos tornaram-se pensamentos cristalizados e repetidos inúmeras vezes.
Desde sempre, sabemos que o princípio da verdade é o responsável, mesmo em meio a dores, pelo equilíbrio e preponderância da justiça.
Já a mentira leva o homem a cometer desatinos. Transita desde uma ação considerada pequena até a possibilidade de causar morte.
Para que dizer a verdade? Para não se perder em meio a uma avalanche sequencial. Se a versão é certa, ela será sempre a mesma e prevalecerá.
Para que mentir? Para tirar proveito. Por oportunismo. Por covardia. Por exibicionismo. Vontade de aparecer e as formas, mesmo que indignas, não importam.
O pior é quando o sujeito mente tanto que acredita na própria mentira. Ao final, ele nem sabe o quanto mentiu e começa a contradizer-se. Triste papel de palhaço, protagonizado por alguns e muitos aqui em São Bento do Sul.
Temos pessoas, seres, sujeitos, criaturas, profissionais, políticos, pseudo historiadores e outros, que se arvoram a dizer o que quer que seja e ainda posam de “gostosões”. É lamentável que tais elementos não ponham a mão na consciência e não verifiquem o quanto de “bosta” já jogaram no ventilador.
Valeria à pena procurá-los e aconselhá-los? Depende. Quando o mentiroso é iniciante, talvez possa ainda mudar de rumo. Quando já um tanto viciado, o tratamento exige empenho maior. Mas no caso de hábitos comuns a velhas múmias ambulantes, não percamos tempo. É vaca morta. Melhor separarmos o joio do trigo.
São os que se acham donos do saber. Estão acima do bem e do mal. Numa discussão, o que dizem é lei. São inteligências raras e seriam invejados por qualquer cientista, até parece. São uma espécie de deus na terra. Iluminados. Especiais.
Eu diria engraçados. Porque não há coisa mais ridícula do que a pessoa não perceber sua própria prática idiota.
Especialistas em falar muito, fazer pouco. Sabem o que deve ser feito, desde que não precisem fazer. Pior, já tiveram oportunidade e fizeram o contrário, com “lambanças” incontáveis.
E possuem o seu fã clube de puxa sacos, tão merecedores de descrédito quanto.
Enfim, atenção. Vivemos entre mentiras e verdades. Que nossa postura seja a do bom senso e da não contaminação.
No mais, que verdades se perpetuem e mentiras continuem a nos causar, apesar dos estragos na história, frouxos de risos..