Espelhos

Quando dizem os meios de comunicação que imagem é tudo, existe aí um fundo de verdade e outro não.

Mentira no pensamento que se volta a questões de mera vaidade e aparência física. Importante, mas não essencial. Não deve ser a prioridade maior. Os cuidados do eu mostram preocupação com saúde, higiene e bem estar. O grande erro se encontra em “dondocas”, mulheres e homens, achando que a aparência de “barbie” e “ken” é garantia de espaço e posição. Ledo engano. Quanta gente bem arrumada, perfumada, bonita e burra a perder de vista. Convenhamos, não há maior constrangimento do que o convívio com os ocos, vazios e ignorantes.

Verdade a questão de que refletimos aquilo que somos. E se somos o que somos, o somos pela educação.

Pessoas de berço, bom trato, lições de vida envoltas em altruísmo, são vistas como equilibradas e conciliadoras. Fazem de seus territórios locais de positivas construções.

Pessoas vulgares, baixas, saídas da roça, mas sem que a roça tenha saído delas, são espalhafatosas, escandalosas, “barraqueiras” e fomentadoras de confusão.

Ambientes refletem diretamente quem os dirige e lidera. Temos bons exemplos, um setor industrial, comercial, um centro de saúde, uma escola e tudo o que houver, quando virados numa “zona”, não são nada mais do que a cara do “proprietário” da bodega.

Ênfase servindo de marco maior, quando falamos de educação. É a velha história. Como alguém vai pedi-la se não a tem? Como vai passar conteúdos ricos se é pobre até no vocabulário? Como vai solicitar posturas se apresenta porte de pavão, feliz em mostrar o próprio rabo? Avestruz, escondendo a cabeça frente a problemas? Porco, tranquilo quando envolto em sujeira? Pior, galinha, cacarejando, ciscando e brigando pelo galo?

Triste constatação, porém mais do que realista. Imagem é algo a ser modelado e trabalhado sempre. Externa e principalmente interna. Os reflexos bons ou ruins, são em curto, médio e longo prazos.

Não duvidemos. O sol brilha para todos. Se sairá melhor o que se expõe em horários corretos, se protege nos momentos delicados e, tal como ele, irradia luz que aquece. Não como o que se ocupa com exageros, que geralmente queimam os outros e seguramente, de forma desastrosa, sua própria cara.