Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Não há riqueza maior dos que os mistérios humanos. O homem é um gigantesco manancial de surpresas evolutivas para o bem ou para o mal. Encanta-nos e nos decepciona.
O importante é de tudo levarmos um aprendizado e encontrarmos respostas, se possível perto do ideal, para as indagações que nos afligem.
De um lado, vemos a prática de ações elogiosas. Pessoas de coração imenso auxiliando o outro. Seres iluminados sempre prontos a pronunciarem uma palavra de conforto ou expressarem um carinho notório.
De outro, temos os egoístas e oportunistas. O eu é o centro, não do universo, mas da imbecilidade de quem assim se porta. O fato de se aproximarem sem medirem consequências os torna, acima de tudo, dignos de pena.
São mal resolvidos, complexados, traumatizados. A vida tentou lhe dar lições e entenderam como castigos que devem ser vingados no próximo.
A dicotomia em questão é tão ampla que leva alguém do amor ao ódio num estalo de dedos.
Como pode alguém amar e odiar o mesmo elemento, em tão pouco tempo? Pode, por se tratar de uma dinâmica única em cada um. E ela será mais ou menos madura, conforme a busca do preparo para gerenciar assuntos tão delicados.
Quando amamos, estamos sintonizados ao cosmos, com as energias do bem e do alto. Amar só nos torna melhores.
Quando rejeitamos, estamos no sentido contrário. Energias escuras e pesadas se depositam em nossos ombros. Tudo o que é ruim, fica pior. Uma maldade provoca a visita de outras, em efeito dominó. E o sofrimento é inevitável. Sofre o agredido e na linha mestra causa-efeito, não demora sofre o agressor. A vida se encarrega...
Temos que trilhar nosso percurso. Aproveitar a beleza do existir. E nos momentos de queda e quebra, respirar fundo, reforçar os princípios da fé, ajuntar os pedaços e transformar. O resultado é o ressurgir com forças redobradas.
No mais, fiquemos tranquilos. Sempre assistiremos de camarote o acerto de contas dos que nos forem injustos.