Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Toda raiz necessariamente precisa ser estudada. Temos as oriundas de espécies raras e dignas de preservação. Temos as necessárias ao dia a dia, devem receber nutrientes para que a interação conosco seja permanente. E temos as nocivas, aquelas que estragam o terreno e se não nos empenharmos no corte, derrubam a casa.
Assim é o homem. De um lado pessoas boas e cheias de energia positiva. Nos alimentam principalmente o coração e o espírito. A sensação de leveza vinda daí é inafiançável. De outro, os seres crueis e negativos. Podem causar danos irreparáveis ao eu e fazer com que verdadeiras tempestades afetivas sejam experimentadas.
É fundamental a vigilância constante. Sempre devemos separar o joio do trigo. Nem tudo que reluz é ouro, diz o ditado. Levarmo-nos por aparências, conversas fáceis, investidas oportunistas, é um erro. Porém, acontecem nas melhores famílias.
Quando alguém de nós se aproxima, tentemos analisar os porquês e onde quer chegar. Dentre os bem intencionados, muitos tornam-se grandes parceiros, amigos, cúmplices, amores até. Daí podem brotar alegres contatos, relacionamentos, convivência próxima e íntima, conforme o caso. Dentre os pouco preocupados com o próximo e apenas voltados à satisfação de seu egoísmo imperativo, podemos nos deparar até com declarações de guerra.
Como é bom encontrar as pessoas do bem. Aquelas que mesmo diante de dificuldades propõem acordos de superação e paz.
Como é triste o contato com os imprudentes. Aqueles que vivem o hoje e dane-se o amanhã. Para quem pessoas são descartáveis e tratadas como lixo. Servem num momento, mesmo que para isso invistam insistentemente até conseguir o que querem. Logo depois não servem mais e são largadas, enganadas, destituídas, lançadas ao vento. O ser em questão quer viver aventuras e “curtir” trocas constantes, onde o que menos importa é ferir, machucar ou entristecer quem por elas demonstrou afeto.
Pelo sim ou pelo não, isso é viver. São encontros, desencontros, erros, acertos, dúvidas, perguntas e respostas.
Nunca devemos desacreditar. Existem diferenças humanas e as decepções servem de aprendizado. Bem como somos sabedores de que surpresas agradáveis também se nos apresentam. Afinal, o que nos separa de alguém, jamais deveria destruir aquilo que um dia nos uniu.
Cabeça erguida, coração aberto, esperança, fé, espírito em paz, muito amor e presença divina.
No mais, é só deixar o tempo realizar o seu trabalho e vale relembrar Shakespeare: “... com o tempo, a gente aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...”.