Vinícius Fendrich
Psicólogo
Educador
Eis um desafio constante em nossas vidas, desvendar acontecimentos, motivos, poréns e pessoas que frequentemente nos são colocadas no caminho.
Mais cômodo seria não nos envolvermos com nada e ninguém. Permanecer numa zona de conforto teoricamente propõe paz de espírito. Na prática, mostra falta de perspectivas e ausência de motivação para a conquista de condições melhores. Aquelas dotadas de elaboração oriunda de experiências tantas.
É interessante o campo dos sentimentos, em especial. O homem se aventura afetivamente, sem perceber que adentra um solo fértil, mas desconhecido. Atrativos o convidam para o passeio. Surpresas o obrigam a fazer uso de conhecimento.
Quando nos encantamos por alguém, é como um transitar em caminho tomado por neblina, se abrindo aos raios do sol. Tudo se ilumina e irradia, porque não dizer, felicidade e bem estar.
Ingenuamente achamos que descobrimos o paraíso.
Não tarda para que obstáculos tenham que ser superados. Pior quando muitos deles se erguem como muralhas e não há de uma das partes interesse em ultrapassá-los.
O processo de desvendar o novo requer medidas especiais. O outro precisa ser respeitado. O eu precisa ser preservado em sua essência. De que vale toda uma busca se não for de comum acordo?
É tempo de atenção e cuidados. Todo início, mesmo que deslumbrante, pede de imediato diálogo, acordos plausíveis e a poda de arestas excedentes.
Após isso, é aceito o arriscar. Só é possível identificar o gosto de uma fruta provando-a. Possuir uma construção, edificando-a. Manter um relacionamento, vivenciando-o.
Do contrário, o medo ou seus agregados podem paralisar grandes oportunidades a serem lamentadas posteriormente.
Lembremos que somente chega quem caminha...