Prata da Casa - Edison Renato Lingner e Amélia Liebl Lingner – a Neca

São Bento do Sul

Nem todos amam sua terra natal, mas este amor é um fator de felicidade, de progresso e de bem-estar. É das pequenas coisas, dos detalhes bem observados e de seu ambiente particular bem cuidado que vem o grande amor a tudo que nos cerca. É o que se dá na residência de Edison e da Neca e, felizmente, de muitas residências em São Bento do Sul. É por isto que esta região é tão bonita, pois o povo colabora muito com as disposições naturais do meio geofísico existente. Particularmente estamos falando da localidade de Banhados II, onde três bairros se encontram: Rio Vermelho Estação, Serra Alta e Schramm.

Quem nos diz que São Bento do Sul é lindo é o Edison, que conhece muitas e muitas localidades, visto que foi vendedor de móveis da Móveis Rudnick por esta imensidão a fora. Em propriedade de sua família, logo à chegada, bem em frente a sua residência, existe uma enorme pedra que nos lembra uma antiga pedreira, de onde a prefeitura de São Bento tirava pedregulho para macadamizar as vias públicas até 1978. Quem fazia o serviço eram carroceiros com suas carroças e só mais tarde começaram a trabalhar ali com um caminhão carregado pelos operários com suas pás num serviço feito a muque. Carregadeira mecânica ainda não existia. Bem rente a sua casa passa manso o rio Banhados, que mais adiante vai se transformar no rio Negrinho, que deságua no rio Negro, que desemboca no rio Iguaçu, que, por sua vez, alimenta o rio Paraná - este vai se despejar no rio da Prata, que, após irrigar duas capitais, Buenos Aires na Argentina e Montevidéu no Uruguai, entrega suas águas ao Oceano Atlântico.

Vida profissional de Edison e Neca

Em Indaial, sua terra-mãe, Edison, trabalhou, por pouco tempo, numa fábrica de conservas. Depois veio à São Bento do Sul para trabalhar na agência do Banco Nacional do Comércio. A seguir empregou-se na fábrica da extinta Arte Móveis na Estrada da Serra. A partir de 1984 passou a ser viajante vendedor de móveis da Rudnick, principalmente pelo interior de Minas Gerais e depois interior do Paraná.  Sua esposa Amélia, popular Neca, em tempos de solteira trabalhou na indústria Buschle e depois de casada ficou em casa onde é conhecida por seus lindíssimos bordados muito procurados.

Vida social do casal

Este casal é ativamente participante na vida social. Ela participa do Clube de Mães da Capela São Francisco de Assis, onde fazem uma significativa obra social contínua. O casal é ativo participante das ações na Igreja Matriz Puríssimo Coração de Maria, onde ele e seu grupo são responsáveis pelo recheamento dos frangos nas festas da Matriz. Participa, o casal, ativamente de todos os cursos de noivos na Igreja Matriz onde se dedicam a servir os noivos em suas necessidades materiais. Estão sempre presentes na comunidade. Na porta da casa do casal existe uma plaquinha que diz: “Aqui tem gente feliz”. Confirmei a verdade.

São Camilo de Lellis

 Todas as segundas feiras a comunidade local realiza ininterruptamente a novena de São Camilo de Lellis, o santo dos enfermos, a novena é sempre feita oito dias em casas particulares da comunidade local e um dia na igreja. Para isso foi escolhida a segunda-feira, às 9:00, para, exatamente, ser um sacrifício, pois este dia e esta hora são, geralmente, dia e hora de muito serviço em casa. Esta novena surgiu e nunca mais foi interrompida em virtude da bem grave enfermidade do Sr. Edison Renato Lingner quando ele contraiu a Síndrome de Gillain Barré e chegou a ter paradas respiratórias. Após ele, e outras pessoas da redondeza se curarem, a novena iniciada durante e enfermidade nunca mais parou e se tornou um grande elo de ligação social, além da religiosidade em si. “Deus escreve o direito por linhas tortas”.