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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Miscelânea - 17

Quinta, 11 de fevereiro de 2016

É, aí pode vir de tudo

Pode vir: história = fato sem maior valor; História = ciência; estória = invencionices; lenda = realidade com imaginação; Ciência = tudo provado; Política = teoria administrativa.

 

Como Nivaldo tornou-se prefeito de Rio Negrinho

Seu compadre Herberto Tureck era candidato a esse cargo. Ele, Herberto, tinha tanto prestígio que os líderes estaduais diziam: se Juscelino Kubitschek for candidato contra Herberto perderá a eleição. Não se achava candidato contra Herberto. Nivaldo havia comprado um caminhão da Cimo e não o conseguia pagar. A Cimo o procurou e lhe fez a seguinte proposta: Te perdoamos a dívida e você fica com o caminhão, mas serás nosso candidato e pagamos toda campanha ou tomaremos teus bens. Nivaldo aceitou, mas fez ao compadre Herberto a proposta: pague o caminho e eu desisto, mas este lhe disse: Não me convém, mas perderás a eleição. E Nivaldo: Eu sei, mas nada posso fazer. Concorreu e...Venceu. Foi o primeiro mandato de Nivaldo.

 

Uma só é a grande Crise

Fala-se em tantas crises. Seriam elas: política, econômica, educacional, familiar, religiosa, cultural, social, filosófica, espiritual, de princípios e valores, de respeito e de poder, de orgulho e vaidade, sensualidade e ganância, etc. Poderíamos ainda aumentar esta relação quase que indefinidamente, pois ela é do tamanho das nuances dos vícios atuais que têm suas raízes na crescente ausência de virtudes. Mas todas estas ditas crises não passam de uma só e única grande crise: a Crise Moral. Muitos a prefeririam chamar de ética. Mas ética é algo mais exterior e material, enquanto que Moral é algo bem mais profundo, interior e espiritual. Ético é mais específico geralmente atido a um ou alguns casos apenas. Moral é tudo o que é bom.

 

Só psicologia de estrangeiros

Os cientistas brasileiros muito pouco ou quase nada são valorizados. É por isso que, os que podem, vão para o exterior. Para ajudar alunos de curso superior, fomos obrigados a nos envolver com temas psicológicos relacionados a seus estudos e constatamos que praticamente todos os psicólogos relacionados eram estrangeiros e sendo que a Psicologia é talvez a mais sutil de todas as ciências humanas e como tal varia de país para país. Por que no Brasil não estudar a sua Psicologia que é própria e única e deixar a dos outros para os outros? Muitos deles são meros teóricos de ideologias espúrias que nunca foram boas para o Brasil. É por isso que se diz: “No Brasil nada se perde, nada se cria, tudo se copia”. E por isso não funciona.

 

Um mundo maravilhoso como nunca houve

Quem matou o Império Romano? Ninguém. Ele caiu de podre. Quem matou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas? Ninguém. Ela morreu por si. E assim poderíamos citar exemplos e mais exemplos. Até muitos exemplos de sociedades menores. Se historicamente estudarmos estas situações (mas ai como tristemente se estuda a História envolta em meras ideologias) veremos que de todas as mortes de períodos históricos nasceu um mundo melhor. Assim vivemos agora o grande paradoxo que nos fecha um grande paradigma. Os desencontros atuais fazem parte dele. Mas é certo que com a morte dele nascerá glorioso e maravilhoso paradigma: muito melhor que todos os outros e muito mais longo. Isso é certo.

 

Fazer a barba com o revólver na cinta

Muito já se falou de que isso teria acontecido em nossa região. Seria fato real de um tristemente célebre sujeito bem conhecido nos tempos de antanho. Vamos obumbrar o seu nome. O tal teria procurado vários barbeiros pedindo seu serviço, mas a cada um fazia a proposta de pagar-lhe bem mais do que pedia, porém a qualquer pequeno corte que lhe fizesse puxaria sua arma e o mataria. Após muito procurar, encontrou um que aceitou a proposta. Este fez o serviço bem feito e recebeu o pagamento prometido. O bandido o elogiou pela coragem que demonstrou possuir, mas este de pronto respondeu: Não, não sou corajoso; pois você estava com o revólver na cinta e eu com a navalha na mão, e até você notar, eu já...



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