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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Miscelânea - 6

Quarta, 28 de outubro de 2015

 

É, aí vem de tudo

Vem: história = fato sem maior importância; História = ciência; estória = invencionices; lenda = realidade, mais imaginação; Ciência = tudo provado; Política = teoria e prática administrativa.

 

Nomes do Brasil

Você, numa prova importante e decisiva, saberia qual é o verdadeiro nome do Brasil? Pense um pouco. Sabe, ou não? Esse nome é República Federativa do Brasil. Antes disso ele se chamava Estados Unidos do Brasil. Mas ainda antes seu nome era Império do Brasil, mas ainda antes ele tinha o nome de Reino Unido Brasil, Portugal e Algarves. Enquanto domínio de Portugal seu nome era Estado do Brasil. De 1580 até 1640 ele pertenceu à Espanha com o nome de Vice-Reino do Brasil. Bem logo após o descobrimento ele era chamado de Terra dos Papagaios. O “Descobridor” o chamou de Terra de Santa Cruz. Os ameríndios Tupis o chamavam de Pindorama: Terra das Palmeiras. O nome Brasil surgiu por si, ninguém lho deu.

 

Pai Sumé, ou Sumé, ou Tomé

É uma lenda que tem raízes em todo Continente Americano, especialmente no Brasil. Era ele um varão maravilhoso cuja memória no decurso de mais de milênio o tempo não pôde apagar. Este homem teria ensinado remédios, curado enfermos e ressuscitado mortos. Há dele sinais verídicos ou lendários nos mais diversos lugares como em São Francisco do Sul, infelizmente destruídos pela construção de uma casa por poderoso ricaço. O célebre Peabiru teria nascido por causa dele. Muitos aborígenes receberam os jesuítas com festas por que ele lhes teria predito a chegada deles. Segundo a opinião de muitos pesquisadores o tal Zumé ou Sumé teria sido o apóstolo de Cristo, São Tomé. O saber e o pensar ampliam o horizonte mental. Pense.

 

Três encontros: a mulher de cara feia

Numa palestra em Rio Negro, lá estava ela, mocinha antipática, ao lado de linda e simpática moça, debochando do palestrante. Anos mais tarde, em São Bento, ela, já em idade madura, ao lado de uma senhora sorridente e simpática, esperava a saída do locutor para perguntar-lhe por que ninguém valorizava seu bisavô, já falecido há tempos. Ficou acertado que seu bisavô seria valorizado desde que ela arrumasse fotos e dados. Anos depois o locutor andando por uma rua passou por duas velhas: uma sorridente e simpática e a outra carrancuda e feia. A linda saudou amavelmente e a feia reclamou porque seu bisavô não era valorizado, mas que não arrumaria fotos e dados. Na certa uma vai pro céu e a outra pro lugar dos antipáticos.

 

... menos para o mal e os malfeitores

O célebre Presidente do Equador, Garcia Moreno, sem ele este País já não existiria mais, e que por preconceitos religiosos é completamente abandonado pelos historiadores e pela grande mídia que faz questão de esquecê-lo, tinha como lema de seu governo: “Liberdade para tudo e para todos, menos para o mal e os malfeitores”. Nem sempre, à primeira vista, este lema é fácil de ser compreendido em seu todo na completa pedagogia que ele encerra. Com isso ele disse que primeiro se deve proibir o mal e só depois os malfeitores. Hoje, em nossa sociedade, se faz exatamente o inverso: há plena liberdade para tudo e principalmente para o mal que é amplamente divulgado, mas o malfeitor, se o praticar, é castigado em cadeias corruptoras.

 

O ti pum faz pum

Havia selvagens que chamavam a espingarda de ti pum, ou seja, a coisa que faz pum. Certo dia, lá nos tempos de antanho, um menino que nas aulas de História adorava ouvir explicações do professor sobre os povos primitivos do Brasil. Leu, estudou, pesquisou e fugiu. Foi morar no meio dos índios. Mas pegaram-no e o queriam matar. Diziam que os civilizados são pessoas de anhangá, o diabo, e devem morrer; pois quando eles pegam o ti pum, o ti pum faz pum e o índio morre, mas quando o índio pega o ti pum, o ti pum não faz pum e o branco não morre. Como entre eles havia duas espingardas com munição, o menino ensinou-os atirar e felizes pelo fato de agora o ti pum com eles também fazer pum, fizeram-no cacique e civilizaram-se



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