Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Preâmbulo
Ele não quis, mas estou desobedecendo e fazendo este artigo sem sua ordem. Viu, professor Rafael, os caminhos da justiça estão abertos, mas a prata existe para brilhar, para ser luz e, segundo Cristo, a luz existe para ser posta sobre a mesa - para que ilumine e brilhe para o bem de todos. Você, doutor Rafael, é prata, é luz, e teu brilho deve ser um caminho aberto para que outros possam trilhá-lo. O mundo atual está pleno de astros apagados - promovidos pela mídia -, que se tornam exemplos das insignificâncias hodiernas, e é por isso que a nossa sociedade se consome, aos poucos, nas ondas dos crimes, na ganância cega dos roubos, na já quase normalidade da corrupção, na falência da célula mãe da sociedade, a família.
Histórico
O doutor Rafael Márcio Chapieski nasceu a 23 de maio de 1969 em São Bento do Sul, mas a família morava no interior de Agudos, em Colônia Nova. Seu pai era agricultor e sua mãe, professora na Escola Machado de Assis, na qual Rafael fez seus primeiros anos escolares, até a 4ª série. A 5ª série ele cursou no Seminário São José, de Rio Negrinho. Da 6ª à 8ª série ele estudou no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Corupá. O Ensino Médio ele fez em Curitiba, no Colégio Dehon. Depois fez um estágio em Rio Cerro, no município de Jaraguá do Sul, para fazer o Curso Superior de Filosofia na FEBE, em Brusque. Fez ainda pós graduação em Ciências Sociais; um longo curso em Psicomotricidade Relacional em Curitiba e, finalmente, culminou num doutorado na Unileón, no norte da Espanha.
Vida escolar
Um ex-aluno seu me comentou que nas aulas da UnC, ministradas pelo professor Rafael, os alunos ficavam como que suspensos no ar de tanto se concentrarem em suas explanações. O mesmo acontece em suas aulas nos demais estágios educacionais e escolas em que atua ou atuou. São aulas vivas, alegres e participativas. A profunda formação nos ótimos cursos que fez, aliada à sua personalidade específica enriquecida com profundas e bem selecionadas leituras, e mais a firme vontade de trabalhar, fazem isso acontecer.
Amigo
Tenho orgulho de ser seu especial amigo. Fizemos o curso de doutorado juntos, embora a tese fosse defendida em momentos diferentes. Cada ano fazíamos pelo menos uma viagem de pesquisas culturais in loco. Eram das mais simples e até mesmo, às vezes, mais longínquas. É agradável conversar com ele. Os temas podem ser os mais variados possíveis. Tudo ele topa e em tudo é possível vagar ao sabor dos mais variados saberes. Por ocasião de seu casamento com sua esposa Sandra, tive a felicidade de ser uma das testemunhas. Diz a Bíblia que, quem encontrou um amigo, achou um tesouro.
Pykocz
A mãe do professor dr. Rafael, Rosalina Pykocz Chapieski, é neta de João Pykocz, que era da nobreza da Polônia, mas renunciou ao título de sangue azul só para poder casar com a mulher que tanto amava e que era plebeia, o que lhe impedia o casamento. Foi por isso que saiu da sua terra natal e veio trabalhar na construção da estrada de ferro Curitiba a Paranaguá. Em alguns trechos, nos precipícios mais abruptos, trabalhavam amarrados a correntes para não despencarem ribanceira abaixo. O pagamento era dos mais ínfimos possíveis. Mas, certo dia, com o pouco dinheiro que recebia, lembrando-se dos lindos atavios das nobres polonesas, comprou para o seu amor um lindo lenço que foi recebido com ingratidão, dizendo que ela queria comida e não luxo. Diria o ditado popular: "Quem nasceu para dez réis não chega a vintém".
É, Sandra, você é casada com sangue azul. Falta nascer o herdeiro azul.