Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Menina morta buscou seu chapéu
Aconteceu no século 20 em São Bento do Sul. Foi descrito por Roberto Eiselt. O nome dela era Paula Eiselt. Era uma criança inteligente, disposta, esperta, ativa e alegre. Tinha 7 anos. Todos gostavam dela. Sua irmã Francisca levava o almoço para seu pai e irmãos que trabalhavam na roça. Paula ia junto. Para encurtar caminho passavam pelo pasto do vizinho. Certo dia as filhas do vizinho lá brincavam com um cavalo muito manso. Sentaram Paula sobre o animal que corcoveou e ela caiu quebrando a nuca e ali mesmo morreu. Paula havia ganhado um chapéu do qual gostava muito. Ninguém o devia pegar. Tempos após sua morte, o irmão dela o pegou e usou, mas de sua cabeça ele desapareceu. Ninguém o achou. Dizem que Paula o buscou.
Democracia, inventada para ser controlada
Há várias formas de governo. Um dia falaremos das principais. Mas para destruir a nobreza, a burguesia – classe dos ricos – inventou a democracia, sabendo que ela seria perfeitamente controlável pelo dinheiro. Assim sem ter a responsabilidade de ter o poder nas mãos, pode controla-lo sem ser culpada pelos erros do governo pode ainda cobrar dele. Por isso é bom que pessoas menos cultas, e bem controláveis, o peguem. O pensador francês Êmile Faguet chama a democracia de “O Culto da Incompetência”. O escritor Robert Musil nela vê que “cada eleitor é uma pessoa sem qualidades”. O geógrafo Milton Santos diz que hoje temos “cidades sem cidadãos”. O que faz a vitória nas eleições é o dinheiro. Experimente você e veja.
O diabo na caverna
Em todo sul do Brasil há e houve, pois muitas já foram destruídas, cavernas escavadas por ameríndios que por cá viviam antes dos aborígenes que aqui estavam quando os imigrantes chegaram. Muitas foram pesquisadas, estudadas. Há lendas sobre elas, também. Dizem que um dia um homem entrou. Encontrou um grande salão atulhado de pilhas e mais pilhas de caixas. Tudo iluminado. Mas de repente veio um bode que lhe disse: - Já que aqui entraste vais ter que lutar comigo. Se venceres, toda esta riqueza será tua. Vamos lá! E o bode atacou. A luta foi terrível. Derrubaram caixas pelo chão. Ouro, prata e diamantes se espalharam. O vendo que ia perder, o homem fez o sinal de cruz. Saiu, tudo explodiu e desmoronou.
Esses dias vi um
Eu tive um professor que dizia e repetia: “Todo fumante é um mal educado por que polui o ambiente, estraga a saúde e com isso prejudica a todos”. Não sei, deixo aos leitores julgar se isso é, ou não é, verdade; mas foi por esses dias que vi um ao qual perfeitamente se pode aplicar o epíteto que meu professor usava para eles. Estava, ele, parado na calçada por onde os pedestres passavam, fumava cuspia no chão, várias xepas já estavam a seu redor. Talvez estivesse nervoso, mas o problema é só dele e a cidade é de todos. Quantos viciados em tabagismo passam de automóvel e jogam seus restos de vício do carro sujando a cidade. É preciso aprender a pensar e agir socialmente. Quem vive em sociedade deve ser responsável.
E a onça rezava
Às vezes é bom saber lendas ou simples lorotas. Não sei donde veio, mas contavam isso antigamente. Diziam que dois caçadores gostavam de caçar onças e contavam cada uma... Mas de repente um dos despareceu e o outro dizia esta estória. Estávamos num enorme descampado. Uma onça veio atrás de nós. Corremos, corremos e corremos. Joguei minha arma e subi numa árvore. Meu amigo se ajoelhou, fez o sinal da cruz, fechou os olhos e começou a rezar esperando o pulo da onça, mas, e nada. Abriu os olhos e viu a onça ajoelhada na frente dele de mão postas. E ele, todo feliz, perguntou: - Ué, onça, você também reza? E ela: - Sim sempre rezo, antes das refeições. Disse, ele, esperei o fim de tudo e me fui. Nunca mais...
É, aí vem de tudo
Vem História, ciência; história, fato sem maior importância; estória, invencionices não verdadeiras; lendas, tradição popular; Ciência, tudo provado; Política, ciência de governo.