História de Santa Catarina (XXI)

A Revolução de 1964 em Santa Catarina

A 31/03/1964 a Revolução chefiada pelos principais militares que depôs o Presidente João Goulart que antes de ser deposto já havia fugido para o Uruguai. A Revolução vitoriosa apresentou os seguintes objetivos: restauração da ordem, combate à corrupção, combate à subversão, desenvolvimento econômico. Foi extinto o pluripartidarismo e criado o bipartidarismo composto pela ARENA: Aliança Renovadora Nacional, posição; e MDB: Movimento Democrático Brasileiro, oposição. Estabeleceu-se também a eleição indireta para o Presidente e os governadores através de colégios eleitorais. O Governador Celso Ramos (1961 – 1966) continuou no poder. Ivo Silveira, ainda por voto direto, foi Governador de 1966 a 1971.

Os governadores durante o período militar

Para Santa Catarina, Estado mais municipalista do que esdualista, a Revolução quase nada trouxe de novo, a não ser que durante a Presidência do Marechal Castelo Branco as prefeituras municipais foram abarrotadas de dinheiro. É o que sempre se deveria fazer, pois é aí que o povo vive e se realiza. Os governadores eleitos pelo Colégio Eleitoral, voto indireto, foram: o engenheiro Colombo Machado Salles de 1971 a 1975; sucedeu-o Antônio Carlos Konder Reis de 1975 até 1979 que foi um dos governadores mais ativos de toda história; e Jorge Konder Bornhausen (1979 – 1982) que afastou-se para concorrer ao Senado Federal completando seu mandato o vice Henrique Córdova, 1982 a 1983. Foram estes os eleitos pelo Colégio Eleitoral.

Rumos da realidade catarinense

A partir de 1945, após a queda do longo primeiro governo de Getúlio Vargas, deu-se grande importância nas decisões catarinenses: ao bom planejamento das atividades governamentais, à modernização e busca de maior eficiência em toda estrutura educacional, e ao rodoviarismo. Segundo nos consta que, em questão de correto planejamento governamental, Santa Catarina foi o primeiro estado do Brasil a fazê-lo. É claro que os méritos lhe cabem, mas os críticos, que geralmente mais sabem achar furos do que acertos, também aí encontram os defeitos em se tratando de planejamento como, por exemplo, o abandono de ferrovias e até mesmo extinções completas; o mesmo se pode dizer da navegação marítima costeira ou fluvial.

Síntese de alguns elementos de desenvolvimento

POE: Plano de Obras e Equipamentos. PLAMEG: Plano de Metas do Governo, que visava o homem, o meio, a expansão econômica. PCD: Projeto Catarinense de Desenvolvimento. O lema do Governador Konder Reis “Governar é encurtar distâncias” e realmente o executou. São apenas alguns exemplos. Cada governador teve seu próprio programa ou lema a seguir. Serviram e servem de grande apoio a UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina; a UDESC, Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina; surgiram depois várias universidades regionais como a de Blumenau, de Caçador, de Joinville, de Chapecó, a UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina, a UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí, etc.

Características catarinenses

Só a partir de 1947 é que despertou a noção da deficiência rodoviária que entravava o desenvolvimento do Estado e só a partir daí é que realmente resolveu-se a, de fato, enfrentar o problema que só muito aos poucos foi apresentando seus resultados positivos já que um passo dado torna o seguinte sempre um pouco mais fácil. Santa Catarina sempre respondeu com extraordinária força positiva a todos os impactos bons ou ruins da economia mundial. Uma de suas características positivas é a grande diversificação econômica cuja existência facilita a superação de crises. Há também deficiências. Uma delas é a capital do Estado  estar em seu extremo leste. Para o extremo oeste é mais fácil Porto Alegre, Curitiba ou São Paulo.

Santa Catarina

São 6.727.000 de habitantes. A extensão é de 95.346 Km². Contém 295 municípios. É o menor estado da região sul, mas muito profícuo. Da área de todo Brasil representa apenas 1%.