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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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História de Santa Catarina (XVIII)

Quarta, 19 de agosto de 2015

 

Guerra do Contestado – 1912 a 1916

O dito Monge José Maria de Santo Agostinho reúne sertanejos abandonados e desorientados e lhes dá organização religiosa, social e administrativa em Curitibanos donde, a conselho de Santa Catarina, vão a Irani. O Paraná os considera invasores e os ataca. No combate morre João Gualberto, comandante paranaense e José Maria, o líder dos sertanejos. Os caboclos voltam e formam sua cidade santa e são atacados pela polícia de Santa Catarina que é derrotada, mas em novo ataque são derrotados. Aparece a vidente Maria Rosa que os orienta. Formam-se vários acampamentos. Surgem as guerrilhas para conseguir armas e alimentos. O Exército é posto em ação. São cercados, derrotados e completamente aniquilados.

 

Aspectos econômicos dessa Guerra

Os campos de Palmas no Paraná, com extensas e boas pastagens para a criação de gado e com muita influência política naquela região era um lugar apetecido pelos dois estados e os coronéis fazendários os ocuparam, expulsando posseiros. Os ricos ervais que havia entre os rios Uruguai e Iguaçu e a grande exploração da erva-mate a partir de 1850 que, com a construção da Imperial Estrada Dona Francisca, passou a ser exportada pelo porto de São Francisco do Sul e não mais pelo porto de Paranaguá, prejudicando o Paraná. Com a inauguração do ramal ferroviário ao mesmo porto de São Francisco do Sul igualmente prejudicou o Paraná pela grandíssima exportação de madeira da empresa Lumber & Co.

 

Acordo de 1916

Com o fim da Guerra do Contestado quando a paz foi restabelecida pela derrota dos espoliados, mais do que nunca, sentiu-se a necessidade de um acordo de fronteiras entre Santa Catarina e o Paraná e, quando os dois contendores querem, tudo se resolve. Coube ao Presidente Wenceslau Braz o papel de mediador entre os governadores Carlos Cavalcanti do Paraná e Felipe Schmidt de Santa Catariana resolver a questão. O acordo foi aprovado por ambas as assembleias legislativa em 1916. Com este acordo Santa Catarina perdeu terras em se considerar a vitória no Supremo Tribunal Federal que estabeleceu a divisa entre os dois estados pelo Rio Iguaçu e não Rio Negro. Foi ilegalidade: desobedeceram ao poder Judiciário.

 

A Primeira Guerra Mundial – 1914 a 1918

O Brasil na guerra contra a Alemanha - embora não militarmente, mas apenas com alimentos e serviços médicos - criou um grande mal-estar aos imigrantes e aos brasileiros de modo geral. O carvão catarinense, mais uma vez, mostrou-se de importância vital. Joinville, já capitalizado pela exportação de erva-mate, transformou-se num centro industrial. O sul do Estado afirmou-se como grande centro agrícola. O extremo oeste encaminhou-se para a agropecuária, especialmente a suinocultura. O meio oeste e o centro norte, após a Guerra do Contestado, desenvolveu a indústria ligada à agricultura e à madeira. O planalto, de modo geral, industrializou-se sem abandonar a agricultura. Apesar da desgraça, trouxe benefícios.

 

Novas expedições colonizadoras

O Governador Hercílio Luz acionou a política desenvolvimentista pagando a abertura de estradas com terras devolutas e assim surgiram nova frentes de colonização. No alto Vale do Rio Itajaí-açu, a partir de 1940, surgiram, por ação de Luiz Bértoli e Victor Gaertner, os municípios Rio do Oeste e Ituporanga e outras comunidades ligas às sedes desses municípios. O alto Vale do Rio Itajaí-mirim foi colonizado a partir de 1923 por Constâncio Krummel. O Vale do Rio do Peixe, no médio oeste catarinense, para melhor enfrentar a crise mundial de 1929, Andreas Thaler, ex-ministro austríaco, fundou Treze Tílias que, em 1963, separou-se de Joaçaba e é, atualmente, um importante centro turístico de Santa Catarina e do Brasil.

 

Santa Catarina

São 6.727.000 de habitantes. A extensão é de 95.346 Km2. Contém 295 municípios. É o menor estado da região sul, mas muito profícuo. Da área de todo Brasil representa apenas 1%.



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