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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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História de Santa Catarina (XIV)

Quarta, 22 de julho de 2015

 

Contribuição africana à cultura catarinense

Normalmente os negros são muito mais voltados à beleza do que aos bens puramente materiais. Foi assim que um negrinho ao visitar uma casa muito bem decorada disse: “não sei por que os moradores dessa casa ainda vão passear; se eu morasse aqui, eu iria de um quarto para o outro e ficaria olhando as coisas belas”. E tem também aquele que disse ao responder as críticas sobre o luxo do carnaval que “Riqueza é para os pobres e pobreza é para os ricos”. Em Santa Catarina o negro nos legou lendas como as do saci, do lobisomem, da mula sem cabeça, do boitatá, etc; festas como congadas, festa tribal dos reis do Congo; festas de São Benedito, de Nossa Senhora do Rosário; músicas e danças como a do cacumbi ou quicumbi.etc.

 

Causas da Guerra do Paraguai (1864 a 1970)

A Argentina queria manter sua posição de hegemonia local; O Brasil precisava navegar a região para poder chegar ao Mato Grosso; o Uruguai apresentava uma situação anárquica que atrapalhava os três: Brasil, Argentina e Paraguai; o Paraguai queria deixar de ser um país interiorano e se tornar uma potência marítima e para isso aparelhou um exército de 80.000 soldados, muitas fortalezas solidamente estabelecidas e uma marinha com técnicas inovadas. A Tríplice Aliança – Brasil, Argentina e Uruguai – possuíam, inicialmente, apenas um efetivo de combate de 30.500 homens. Havia também os interesses comerciais da Inglaterra na região e da Alemanha que forneceu armas modernas ao Paraguai para que fossem experimentadas.

 

Santa Catarina nesta Guerra

Santa Catarina sempre foi quartel militar que defendia a hegemonia portuguesa no sul, contra a instabilidade das repúblicas platinas que tão frequentes vezes desrespeitavam nossas fronteiras. Florianópolis virou um amplo aquartelamento. Um efetivo de 1.500 catarinenses foi para a guerra, os célebres Barriga-verde. Entre tantos ficou afamado Marcílio Dias que lutou defendendo a Bandeira Nacional contra quatro e morreu com a Bandeira no corpo após matar dois e ferir o terceiro. A capital catarinense virou sede do telégrafo elétrico para a guerra. Desenvolveu-se a navegação a vapor para as regiões de luta com o carvão catarinense. A agitação militar e de prisioneiros foi intensa em Florianópolis durante toda guerra.

 

Educação

Em 1759 foram expulsos os jesuítas do Brasil e queimadas suas bibliotecas. Com isso o Brasil ficou sem escolas, praticamente, até 1808 quando D. João VI, lentamente, começou a recriá-las. Em Santa Catarina existia o Colégio dos jesuítas que foi fechado e sua biblioteca queimada. Era a única do Estado. O golpe na educação foi tal que em 1816 Santa Catarina só possuía um professor formado. Havia outros que davam aula. Geralmente eram os inaptos para qualquer outro trabalho. É por isso que se dizia: “Quem sabe e pode, faz; que não sabe e nem pode, ensina”. Assim o Marquês de Pombal, Ministro do Rei D. José I recolonizou o Brasil que com grande cultura caminhava para a independência. Foi uma fábrica de analfabetos e de burrice.

 

O lento desenvolvimento educacional

Destruído o ensino, foi lento reconstruí-lo. Quase 55 anos após a expulsão dos jesuítas, havia, em Santa Catarina, 472 matrículas em escolas públicas e 620 em escolas particulares e isso porque D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II muito se empenharam, mas ainda as escolas particulares que os imigrantes fundaram por conta própria eram em maior número. Em 1850 já existiam 46 escolas públicas 33 particulares. Era então já o governo começando a cumprir o seu dever. Em 1856 foi nomeado o Primeiro Diretor Geral de Instrução Pública. Até então ainda não existia um órgão coordenador da educação pública. Em 1845 foi recriado o Colégio dos Jesuítas, atual Colégio Catarinense. Lentamente as escolas comunitárias desapareceram.

 

Santa Catarina

São 6.727.000 habitantes. Sua extensão é de 95.346 km2. Contém 295 municípios. É o menor estado da região sul, mas muito profícuo. Da área de todo Brasil representa apenas 1%.



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