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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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História de Santa Catarina (II)

Sexta, 01 de maio de 2015

 

Santa Catarina no contexto das Grandes Navegações

Até o século XV só se navegava no Mar Mediterrâneo, Mar Negro, costeiramente o Oceano Índico, o litoral da Europa ocidental e o noroeste da África somente até o Cabo Bojador mais conhecido como Cabo Não, pois se dizia: “Quem dele passar, voltará ou não”. Segundo muitos diziam, era ali o fim do mundo. Do imenso Oceano Pacífico nada se sabia e do Oceano Atlântico apenas o mínimo dele se tinha noção e o demais dele era simplesmente denominado de “Mar Tenebroso”; diziam até que ele era habitado por horríveis monstros marinhos ou que nele havia lugares de águas ferventes. Após as Cruzadas (séc. XI ao XIII) estabeleceu-se um grande comércio da Europa com o Oriente pelos mares Mediterrâneo, Negro e vias terrestres.

 

Foi fechada a grande porta

Em 1453, data que marca o fim da Idade Média, os turcos otomanos, de religião muçulmana, conquistaram Constantinopla, hoje chamada Istambul, e assim foi fechada a grande porta, do verdadeiro empório comercial entre o Oriente e Ocidente. Cristãos e muçulmanos, religiosamente, não se acertavam e este comércio quase que parou e os poucos produtos que ainda por ali conseguiam passar eram enormemente encarecidos e as rotas comerciais se tornaram difíceis e perigosas. A Europa, que pelas bases culturais bastante elevadas que já havia atingido, não mais poderia ficar sem este comércio. Era forçoso achar um caminho marítimo para as Índias: assim eram denominadas todas as terras do Extremo Oriente.

 

As Grandes Navegações

Ao contrário do que a Renascença espalhou, a Europa então já havia atingido um alto grau de cultura. Importantes universidades, hoje ainda existentes, ali floresciam. Em 1416, em Portugal, o país náutico por excelência e que há muito se preparara para isso, fundou a Escola Náutica de Sagres. Era, ela, um grande centro mundial de pesquisas, de estudo, de relatos de viajantes, de melhoramento da cartografia, de uso científico da imprensa e de desenvolvimento da tecnologia náutica. A ideia da circunavegação era ali analisada e, o importante, a captação de capital da emergente burguesia era ali investido. Todos os grandes navegadores da época por ali passaram e ali aprimoraram seus conhecimentos.

 

As grandes descobertas

Descobrimento do Cabo da Boa Esperança em 1488 e com isso estava aberto o caminho marítimo para as Índias, pois sempre se temia que isso seria impossível se a África não tivesse ali o seu fim e continuasse até o polo sul. Em 1498 Vasco da Gama o comprovou ao fazer a dita viagem. Cristóvão Colombo, italiano, com sabedoria portuguesa, a serviço da Espanha, na tentativa de circunavegação, deu ao mundo um Novo Mundo, a América. Dentro do contesto geral e num difícil acordo entre Espanha e Portugal, Pedro Álvares Cabral, toma posse de parte da América, a 22 de abril de 1500, daquilo que viria a ser o Brasil e nele Santa Catarina. De 1519 a 1522 Fernão de Magalhães e Sebastião d’el Cano realizam a primeira circunavegação.

 

Tratados

Portugal trabalhou e sofreu muito com a história das navegações. É por isso que Fernando Pessoa nos diz: “Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!” Só após 72 anos de duro trabalho é que finalmente algum resultado positivo pudesse aparecer, mas a Espanha em sua primeira tentativa, com sabedoria portuguesa, descobriu a América. Portugal achou isto injusto e quis participar dos lucros desse vitorioso feito. A Espanha não quis ceder. Talvez se não houvesse a intervenção do Papa Alexandre VI, teriam entrado em guerra. Após assinarem mais de vinte tratados chegaram acordar-se pelo Tratado de Tordesilhas (1494) e Portugal recebeu seu naco de terras das quais nasceu o Brasil de hoje e seu Santa Catarina.

 

Santa Catarina

“Santa Catarina é sua majestade, o verde” (Professor da Universidade de Coimbra, Portugal). “Santa Catarina terra das pequenas propriedades rurais de multiprodutos” (Gov. Amin).



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