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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Guerra do Contestado (XV)

Quinta, 12 de março de 2015

 

Coronel Sebastião Basílio Pyrrho – outubro de 1912

De Ponta Grossa - com mil homens integrados por cavalaria, metralhadoras e artilharia - iniciou o reconhecimento da região de Palmas onde está Irani, mas nada ali encontrou. É que após a luta contra o Coronel João Gualberto os insurretos haviam-se retirado para Taquaruçu, Campos Novos e outras localidades. De Florianópolis o Tenente-Coronel Aleluia Pires, com seu exército, foi a Lages; mas sem nada encontrar, voltou. E, durante mais de um ano, não se falou mais na insurreição. Mas 07/09/13 a Inspetoria Militar de Curitiba recebeu de Santa Catarina um aviso que mais de 200 jagunços armados estavam reunidos com seu “monge” em Taquaruçu.

 

Capitão Esperidião José de Almeida – dezembro de 1913

Ele foi de Ponta Grossa a Herval e de Curitiba o Capitão Adalberto a Caçador, cada qual com sua companhia. Ao mesmo tempo o Tenente-Coronel Aleluia Pires de Florianópolis a Canoinhas e outra companhia seguiu de Curitiba para a Vila de Timbó. A polícia em Curitibanos apreendeu farto material bélico destinado a Taquaruçu. O Capitão Esperidião abandonado por seus vaqueanos e sem mapas, retirou-se. O Capitão Adalberto atacou sozinho, mas sem poder manter a posição, retirou-se. Os outros também se retiraram. Para esse conjunto faltou planejamento, coordenação e unidade. Foi um total fracasso. Surgiu um novo reduto de insurretos, Caraguatá.

 

Tenente-Coronel Aleluia Pires – fevereiro de 1914

Foi de Florianópolis para ocupar Curitibanos, Herval e Caçador com batalhão de caçadores, cavalaria, artilharia, metralhadoras e polícia militar de Santa Catarina. Os jagunços, através de seus “bombeiros”, espiões, tomaram conhecimento de todos os movimentos da tropa. O General Ferreira de Abreu exigiu o ataque, mas Aleluia Pires queria vencer pela fome. Por ordem do General, o ataque foi feito; mas Taquaruçu estava sem ninguém. O General mandou atacar Caraguatá. Lá a tropa chegou em verdadeiro estado de penúria. Verdadeira lástima situação. Aleluia Pires já doente foi substituído por seu subcomandante, Tenente-Coronel José Freire Gameiro.

 

Tenente-Coronel José Freire Gameiro – fevereiro de 1914

A tropa estava à míngua: soldados descalços, uniformes rasgados, falta de alimentos e munição. Mas a ordem do General Abreu, que estava em Curitiba, foi dura e indiscutível: atacar. A tropa guiada por vaqueanos, conhecedores da área, estava em caminho errado. Gameiro os afastou e retrocedeu. Os jagunços fizeram os soldados gastar sua munição para leva-los num corpo a corpo com armas brancas. Isso segundo informações de um prisioneiro. No facão os jagunços eram os melhores. Gameiro, vendo que levaria a pior, retirou-se para Videira. Os insurretos consideraram suas vantagens um milagre do “monge” e se fortificavam cada vez mais.

 

O General Mesquita – abril de 1914

Era veterano de Canudos e veio do Rio Grande do Sul. Sem planejamento partiu para o Contestado onde encontrou tudo em péssima situação. Segundo ele, faltava pouco para uma revolta da própria tropa. Não pôde confiar nos vaqueanos. Pediu reforços, mesmo aéreo, mas não foi atendido. De 70 contos de réis só 40 lhe foram entregues com os outros 30 o General Abreu ficou para “despesas importantes”. Faltava tudo. Uma coluna militar foi derrotada deixando munição com os insurretos. Mesquita retirou-se ficando o Capitão Matos Costa em seu lugar. Matos Costa, que dialogava com eles, foi morto num ataque a São João dos Pobres, hoje chamado Matos Costa.

 

Sumário

Área: centro norte catarinense, 40.000 Km2; exército: 7.000; caboclos mortos: 10.000; militares mortos: cerca de 500; população da área: 30.000; data: 1912 a 1916.

 



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