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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Por que não sou feliz (LIII)

Terça, 05 de agosto de 2014

 

25. Cabeça vazia, oficina do diabo

Ou, quem está desocupado o diabo ocupa. Lembra, este dizer, que é aos vadios, aos desocupados é que surgem as más ideias e toda sorte de desordens mentais e é por isso que também se dizia: são sempre os mesmos que fazem as mesmas coisas. São três atitudes mentais que nos levam ao mau caminho: tendências, ideias e fatos; ou seja, o pensamento que gera sentimento, que gera comportamento. Estar desocupado já, de si e por si, é um erro e sempre cada erro gera novos erros e, se não barrados em tempo, levam toda vida ao descalabro total. É por isso que a preguiça é uma verdadeira podridão que corrói, aos poucos, toda a vida do ser humano.

 

26. Quem come muita sopa vive muito tempo

Era este um ditado popular para estimular a visita a comer sem inibição. Certo dia um visitante respondeu a esta afirmação dizendo: É claro, pois quem não vive muito tempo jamais vai comer muita sopa. É assim que suavemente se atingiam os objetivos almejados, quase que por brincadeira. Tanto aquele que queria comer, quanto aquele que não o queria. Eram as conversas agradáveis de outros tempos e que tanto faltam hoje em dia. Estar juntos, olhar-se e conversar, quanto bem isso faz a todos e a qualquer um. As visitas de outrora eram acompanhadas até à beira da rua e lá por mais um bom tempo se dialogava alegremente e assim a fraternidade só crescia.

 

27. Música ou o dinheiro de volta

Deu-se, em certo baile, uma grande briga porque um dançarino assim gritou para os músicos que estavam tocando muito pouco. Estes se ofenderam e um deles jogou uma garrafa. Aquele que tal disse se abaixou e foi atingida a barriga de um terceiro. E a confusão estava feita. Este dizer ficou célebre e assim cada vez que um parceiro queria estimular seus companheiros ele gritava: Música ou o dinheiro de volta. Assim todos entendiam o recado sem se ofenderem. No idioma alemão este dizer é rimado e assim produz um efeito mais pilhérico: Musik oder geld zurik – música ou dinheiro de volta. Eram estes ditados um verdadeiro ensino extracurricular de felicidade.

 

28. Não falar do Jacó grande sem antes conhecer o Jacó pequeno

Este anexim era usado para tampar a boca de quem queria falar de grandes coisas sem primeiro estar baseado nas menores. É preciso ser humilde, ir progredindo por etapas e não queimar estágios. Sobe-se a escada degrau por degrau e não aos saltos. A natureza é gradativa. Ela não progride queimando etapas. Não se planta hoje uma sementinha e amanhã lá estará uma grande árvore. Há processos a seguir organicamente sem dar saltos abruptos. Assim quando alguém queria falar de grandes coisas sem conhecer as menores que a compõem ou querer que se faça certos serviços em sua parte final, se lhe dizia: primeiro o Jacó pequeno e depois o grande.

 

29. Vintém poupado, vintém ganho

Quem veio como imigrante, sofreu muito com a falta de dinheiro. É daí que veio o grande senso de economia que, aliás, já estava em seu subconsciente. Não eram sovinas, mas muito cuidadosos com seu capital monetário. Houve até erros pelo exagero de cuidado com seus valores em moeda. Alguns perderam muito dinheiro com a frequente troca de moeda nos primeiros anos da República. Há dois tipos de civilização milenar gravada no inconsciente dos povos, da fartura e da carência. Os da fartura têm tudo fácil da mãe natureza e são imediatistas. Resolvem os problemas somente na hora em que surgem. Os da carência devem estocar, senão morrem.

 

Por que não sou feliz?

Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.



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