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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Por que não sou feliz (LII)

Terça, 29 de julho de 2014


20. Os de sapatos de pau, esses sim

Entre os imigrantes havia os que andavam descalços, os que andavam com sapatos de pau e os que, pouco mais tarde, andavam com sapatos de couro lustrado. Por essa categoria eram classificados em baixa, média e alta sociedade. Entre eles havia um pobre mentalmente eclipsado que nos bailes ia de sapatos de couro. Havia então o costume durante algumas músicas de se hastear um pano. Era então o baile das damas. Elas que convidavam os cavalheiros, mas ele não foi convidado a dançar e assim se pôs a gritar: Os sapatos de pau, esses sim! Esse ditado passou a dizer-se para aqueles que queriam ser mais do que os outros, sem ter as qualidades para isso.

 

21. Aos primeiros, o caixão; aos segundos, aflição; só aos terceiros o pão

É a história dos imigrantes. Para os primeiros era luta até a morte sem que nada ou quase nada conseguissem para si. Para seus filhos sobrava a tristeza de ainda não sentirem o resultado concreto de tantos trabalhos em tantos anos de luta insana; mas seus netos, esses sim, colheriam algo do sabor da vitória. É daí também que provavelmente nasceu o dizer: O avô constrói, o filho mantém e o neto destrói. É que os ascendentes diziam: Não quero que meu filho passe o que eu passei. Assim acabavam por não dar educação econômica correta. Muitas vezes não ensinavam o devido cuidado para com os bens materiais. Vida econômica deve ser uma somatória.

 

22. Podre e vadio é a mesma coisa

No idioma alemão a palavra que exprime preguiça e podre é a mesma, faul. Se você quiser dizer que a árvore esta podre, você diz: der Baum ist faul.  Se você quiser dizer este homem é vadio, você diz: der Mann ist faul. Isso sempre mostrou o verdadeiro desprezo do alemão pela preguiça. O preguiçoso, para ele, é um podre. Um ser sem valor. Foi com esta ideia que os imigrantes venceram isolados na mata, distantes de qualquer recurso governamental. Até as estradas públicas que passavam por seus terrenos rurais eram de responsabilidade do dono das terras. O governo nada fazia: escolas, hospitais, estradas, etc. tudo era por conta deles mesmos. Bom ensinamento.

 

23. Diga mais vezes não do que sim

Esta afirmação até parece que inspirou o livro: Não Diga Sim, Quando Quer Dizer Não. A todo sim corresponde um não e a todo não corresponde um sim. Saber equilibrar os dois, o sim e o não, é sinônimo de independência, de inteligência, firmeza, equilíbrio e ponderação. Mas o melhor sim, geralmente, é o próprio não. Ele afirma nossa própria independência pessoal que costuma ser o melhor de todos os sins. Mas havia, entre os imigrantes, quem dizia que se deve dizer mais vezes não do que sim. Contudo, jamais diga não a uma oportunidade. A ela sempre um forte sim cercado pela muralha dos nãos que criam a coragem e fortificam o sim cada vez mais.

 

24. Vencer sem lutar é triunfar sem glória

Esta verdadeira tirada filosófica era usada para combater as ideias daqueles que querem tudo pronto, sem esforço, sem risco e, por que não dizer, sem perigo. Típicos filhos do avô rico que terá neto pobre. Diz magistralmente o poeta Gonçalves Dias: “A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos, só pode exaltar”. Realmente esta é a lei da vida. Viver é lutar, mas lutar conscientemente. Pensar sempre bem. Até há quem diga que pensar corretamente mais é trabalhar menos e menos cansativamente. O trabalho não deve ser animalesco, mas deve ser humano, corajoso e prudente. É este um ditado que incita às virtudes trabalhistas com denodo.

 

Por que não sou feliz?

Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.



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