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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Por que não sou feliz (L)

Quarta, 16 de julho de 2014


10. Quanto mais feio o buraco, maior o nome

Normalmente os imigrantes germânicos, italianos e eslavos preferiam nomes próprios curtos. Especialmente nos nomes de pessoas preferiam um só prenome e só um sobrenome ao contrário dos ibéricos em que aparecem, com frequência, vários nomes. Com este adágio queria-se assinalar a existência de uma espécie de complexo de inferioridade escondido por um quase florilégio de nomes. Complexo de inferioridade é uma deficiência psicológica que deve ser sanada e nada melhor, para isso, do que aceitar a realidade e dentro dela atuar para a transformar, especialmente, de negativo em positivo. Assim conseguiam a importante educação extracurricular.

 

11. Esse já almoçou em Blumenau

Blumenau foi sempre considerado um lugar de elite. Ao contrário das outras colônias geralmente formadas por ex-servos da gleba, os sem terra, mas para Blumenau primava a etiqueta. Comia-se de garfo e faca, o que não era costume entre os demais imigrantes que geralmente usavam apenas a colher de madeira. Assim quando alguém visitava Blumenau, saía de lá contando maravilhas e, muitas vezes, procurando comportar-se diferente. Assim este ditado passou a ser usado para debochar de alguém que queria ser mais do que os outros: Já almoçou em Blumenau. É assim que se repunha no devido lugar quem queria ser mais do que os outros.

 

12. Ao chover, faça como o povo de Blumenau

Lá as enchentes tornaram-se proverbiais. Especialmente nos primeiros tempos. Dizem que certo dia, moradores das nascentes conseguiram avisar os de Blumenau que lá chovia muito e poderia acontecer uma grande enchente e os blumenauenses simplesmente responderam: deixa chover. Realmente a enchente aconteceu e dela até tiraram proveito. Assim quando acontecia um problema insolúvel as pessoas diziam: Quando chove se deve fazer como o povo de Blumenau. E se alguém perguntava: - Sim, e o que fazem eles? A resposta vinha pronta: - Deixam chover. A solução não é combater o insolúvel, mas dele tirar proveito. Deixa chover e aproveite o que puder.

 

13. Talvez você também é um burro do planalto

São Bento do Sul foi a primeira povoação fundada por Santa Catarina no planalto. Do planalto desciam a serra as tropas de burros carregados de erva mate e levavam - na volta - sal, açúcar e outros produtos. Sem rodovias carroçáveis, o burro de carga era, então, o meio de transporte mais usado. Na Europa isso não era de uso comum e assim essa atividade despertou especial atenção. É dessa forma que, quando alguém não usava sua inteligência para resolver seus problemas achando ser mais fácil o caminho mais difícil, passou-se a chama-lo de burro do planalto. Pois o burro sempre foi um dócil carregador de pesos, fazendo trabalhos difíceis pelas serras.

 

14. O mais ignorante colono colhe as maiores batatas

Há casos fortuitos em que a sorte favorece os maiores bobalhões e que depois saem por aí a vangloriar-se como se isso fosse uma irrevogável lei científica por eles descoberta. É assim que na didática popular que educava as sofridas pessoas que povoaram as primitivas regiões silvestres era empregada esta máxima para fazer calar o orgulhoso ignorante que gostava de pavonear-se com os acasos da sorte que lhe trouxeram algum benefício, mas que ele atribuía a si próprio como grande descoberta científica de profunda sabedoria. É, diziam eles, o mais ignorante colono sempre colhe as maiores batatas. Assim, popularmente, se educava para a maior felicidade.

 

Por que não sou feliz?

Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.



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