Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Por que não sou feliz (LVII)
O povo só gosta de maldade?
Mentira. Quando coisas boas aparecem, o povo as procura com ânsia febril. Quantos bons filmes o comprovam claramente e outras boas iniciativas sociais ou religiosas fazem o mesmo com milhares e milhares de participantes chegando, por vezes, a milhões. O mundo já está comendo as bolotas dos porcos e até já procura a volta para a casa do Pai, mas ainda não começou a voltar e os grandes líderes mundiais ainda não querem mostrar o caminho da volta. É o que o canto de Roberto Carlos diz: “Não deixo marcas no caminho, para não saber voltar”. Estamos em tempo de novos líderes bons, novos programas sadios, semear ideias construtivas, construir e não destruir.
O ovo ou a galinha?
Há pontos de interrogações ambulantes que incomodam, perguntam sempre e nunca aprendem e por isso vivem cheios de problemas e com estas suas dúvidas gostam de atrapalhar a todos. Principalmente quando se trata de religião, arreligião e antirreligião. É aí que gostam de mostrar sua grande sabença. Um deles querendo provar que Deus não existe foi silenciado por São João Bosco - O que existiu primeiro: o ovo ou a galinha? Ele gaguejou e nada conseguiu explicar. Ora, com esta pergunta se prova singelamente que, para surgir a criação, houve a intervenção de um ser incriado, o Criador. Todo sábio é humilde, sereno, bom pensante e gosta de ajudar.
Tudo tem sabedoria
Nada é por acaso. Tudo tem sua razão de ser. Mesmo as simples flores sem frutos e sem perfume. Seres móveis, imóveis e semoventes tudo tem algo a nos ensinar. Tudo nos fala e nada se cala: seja do reino mineral, vegetal, animal ou hominídeo. Tudo nos mostra nesse aquém a realidade do além. Todo ponderável nos revela o imponderável. Por isso é correto não andar, por aí, qual zonzo que vê, mas não enxerga; ouve, mas não escuta; sente, mas não percebe e nem transcende; está vivo, mas não vive; pensa, mas não analise e nem correlaciona. Enfim, passa pela vida, mas não vive e nem sabe ser feliz. Por favor, vamos aproveitar o que Deus nos deu.
Perto de 200 homicídios por dia
Esse é o lindo, rico e grande País Brasil. Quem manda nele? Parece que nele não existe mais autoridade. A polícia está na rua, mas quase mais nada pode fazer. A justiça manda parar a greve, mas a greve continua. Sabem que os três esteios básicos de uma nação - educação, saúde e segurança – estão à beira do caos, mas as iniciativas, nesses setores, são lentas e pouco eficazes. Criminosos andam soltos pelas ruas porque nas prisões não há vagas. Pouquíssimas, mas boas iniciativas de prisões particulares. Nas escolas, por que não estimular as iniciativas particulares e comprar ali as vagas como já acontece em outros países e fiscalizar melhor?
Dinheiro
Dinheiro é trabalho acumulado que trabalha e de trabalho se alimenta. O que dinheiro não suporta é deixa-lo parado. Especialmente o capital dinheiro é algo que não pára: ou progride ou regride até morrer. É como a água estagnada que apodrece. Dinheiro é dinâmico. Ele quer movimento, movimento ascendente. Para movimentá-lo há necessidade de profunda sabedoria, pensamentos sadios, perspicácia penetrante atividade abelhuda. Esse é o dever de toda pessoa que quer ter vida e vida em abundância. Todo ser humano deve ser o verdadeiro “homo economicus”: o ser humano que vive no calor de cada dia no ligar e religar seu valor pecuniário.
Por que não sou feliz?
Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.