Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Não fazer como as vacas dos Alpes
Sê feliz e não faça como as vacas dos Alpes. Um professor europeu que lecionava em Brusque, sempre dizia isso a seus alunos. Com isso ele queria que seus pupilos não entrassem por caminhos errados ao procurarem soluções. Um dia os alunos perguntaram ao professor: O que fazem as vacas dos Alpes que nós não devemos fazer? E o professor sorrindo respondeu-lhes: Pisam nas flores e comem o capim. É que no inverno os Alpes são cobertos de neves por todo tempo. Na primavera a neve desaparece e, como por encanto, se cobrem de flores e capim, quando então o gado é levado a pastar pisando nas flores e comendo o capim. Vale a pena agir sempre certo.
Uma estátua para o trio
Três heróis brasileiros deveriam constar num só monólito, relembrando a formação do Brasil. Se fossem de outro país, talvez eles já o tivessem como memória construtiva de sua pátria. São eles: o santo Padre José de Anchieta que sobre seus ombros doentios sustentou a civilização cristã do Brasil; o Duque de Caxias, aliás único duque do Brasil, que passou a vida em guerra fazendo a paz e com isso salvou a integridade territorial de seu Pais; e o Visconde de Mauá o extraordinário implantador e modernizador da indústria brasileira e salvador da Amazónia para o Brasil, entre tantas outras obras de valor histórico. Não merece o que tem quem não valoriza o que foi.
A pobre viúva que ficou muito rica
É, isso aconteceu. Quando ela ficou viúva, era mãe de três filhos pequenos. Muito pobre, sozinha, ela elaborou um plano de sobrevivência para si e para seus filhos. Seguiu e corrigiu este plano no decurso do trajeto. Apenas um exemplo: Não tenha vida atulhada de cacarecos, crie um vácuo em sua vida. Todo vácuo tende a preencher-se. Controle bem este enchimento. Livre-se das tranqueiras, pois elas impedem as coisas boas. Fique só com aquilo que realmente lhe faz bem fisicamente, mentalmente e espiritualmente. Esta viúva com seus filhos ficou muito rica. É o chamado “cem por um”. É isso, para ficar rico também há regras a seguir.
Filosofia de boteco: 7 – Economia dos Municípios
Acabou-se a época em que os prefeitos eram os gestores do dinheiro municipal. Podiam aplicar a pecúnia onde era mais importante. Hoje ele tem que ficar dentro da lei segundo seus ditames. O prefeito virou o esmoleiro mor. A prefeitura vive de esmolas que são verbas repassadas pelos deputados, senadores e ministros oriundas de dinheiro que de direito já seria do município. Os municípios deveriam achar brechas nas constituições federal e estadual e por aí organizar corajosamente sua Lei Orgânica e assim ficar somente com o serviço essencial à população, ou seja, saúde, educação e obras. E isso ser feito por funcionários públicos capazes e bem pagos.
Quem tem pouco, perde tudo
Quem com pouco se contenta, logo ao nada vai chegar. Esta é a regra mais real e mais cruel que pode haver relacionada ao mundo econômico. É um castigo severo que nos quer pôr no caminho bem correto. O verdadeiro castigo é um ato de amor que nos visa educar e levar ao caminho da abundância e da felicidade. O dinheiro é assim também: com muito, muito se pode ter; mas com pouco inda o pouco se irá perder. É lógico que sempre é preciso ter: juízo, prudência, trabalho físico e mental, até mais mental do que físico, honestidade e justiça total e completa. Sempre o semelhante atrai o semelhante e os contrários se repelem. Cuide, pois e muito mesmo.
Por que não sou feliz?
Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.