Por que não sou feliz (XLV)

Construiu e inaugurou a primeira cadeia

Cuide bem dos pensamentos. Eles tendem a tornar-se realidade. Se bons, realidade boa; se ruins, realidade má. Em 1880 construíram em São Bento do Sul a primeira cadeia com duas celas para os prisioneiros. Foi grande a curiosidade para ver quem a inauguraria. Um dos construtores, José - eram dois - deixou uma tábua não muito bem pregada, dizendo: se for eu a inaugurar, sei por onde fugir. Pronta a obra, receberam o pagamento. José foi comemorar. Embebedou-se e brigou. Foi preso. Fugiu. Voltou ao local e continuou a briga. Foi amarrado e assim colocado na segunda cela. Outro dia foi solto após pregar melhor as tábuas. Cuide o que pensas, pois se torna real.

“Quanto mais santa, mais mulher ela é”

Quem disse isso é o grande escritor Francês, Léon Bloy, em 1897. Certo dia um pregador que era doutor em medicina, psicologia, teologia e parapsicologia, Frei Albino Aresi, perguntou a um grupo de jovens de ambos os sexos: Vocês aceitariam como cônjuge (esposo ou esposa) uma pessoa santa? Ninguém respondeu positivamente. Alguns se desculparam dizendo que pessoa santa é admirável, mas não como cônjuge. E o Frei respondeu: vocês não sabem e não têm a mínima noção de santidade, de virtude, de heroísmo, de amor e de capacidade de sacrificar-se pelo próximo. O santo é o homem mais homem e santa é a mulher mais mulher. Acordem!

Não há mal insuperável

Wenceslau Antônio da Rocha pescador em Guaratuba, Paraná. Moço de 18 anos, após a pesca noturna encontrou sua esposa no leito nupcial dormindo com outro homem e sem mais pensar e falar passou a mão na foice e, ali mesmo, sem acordá-los, partiu-lhes a cabeça. De canoa fugiu. Chegou a Barra Velha e adentrou o Rio Itapocu e fixou-se na Ilha dos Monos. Nunca mais teve caso com mulher nenhuma. Foi atirado nos braços da História. Fez amizade com os índios, com os habitantes ribeirinhos, ajudou muito às incipientes comunidades de Jaraguá do Sul e seus municípios vizinhos, Corupá e até São Bento do Sul e Campo Alegre. Supere sempre.

Filosofia de boteco – 2: Escola liberada

In vino véritas – no vinho está a verdade, isso diz o adágio latino. Uma escola liberada. Matricula-se quem quiser e depois de matriculado não há chamada. Vem quem quiser e apenas participa das aulas que quiser, mas dá-se o certificado de conclusão apenas a quem realmente sabe. De nada adianta querer enfiar goela abaixo de quem não quer aprender e psicologicamente está completamente desmotivado para estudar qualquer coisa. Todos devem ter oportunidade a qualquer tempo e a qualquer hora de querer estudar, mas devem querer de livre e espontânea vontade. Qualquer diploma deveria ser dado em qualquer ocasião desde que prove que realmente sabe e domina.

Dinheiro é força criativa

O dinheiro tem força criativa e como tal deve ser visto e deve ser empregado para o bem. Tal como um bem material que não se usa tende a deteriorar-se e apodrecer, bem assim acontece com o dinheiro. Ele deve crescer, multiplicar-se, sob pena de perder o seu valor, cada vez mais, até sua completa e total inutilidade. O dinheiro e a inteligência são o contrário dos outros bens: estes com seu uso se deterioram, mas aqueles, dinheiro e inteligência, se aprimoram com seu uso de progressão aritmética para progressão geométrica na honestidade justiça e bem-querer. Ame o dinheiro como fruto do trabalho que por ti pode trabalhar. Tem valor de ouro e não de vil metal.

Por que não sou feliz?

Porque sempre ponho a felicidade onde não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que ele não tem.

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Descrição do erro: No livro 2º livro de Jaraguá do Sul, de Emílio da Silva, consta que depois de matar a primeira mulher e seu amante, Wenceslau Antônio da Rocha uniu-se maritalmente com Guilhermina Rosa, em 1887, com quem teve 3 filhos.
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