Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Dinheiro não se gasta, se investe
Gastar é inutilizar, jogar fora. Investir é fazer render, produzir, recriar e aumentar. É por isso que devemos trabalhar com prazer e alegria para prosperar, melhorar e aprimorar nossos dons e, acima de tudo, fazer nosso dinheiro trabalhar por nós mesmos. Alguém perguntou: Então não devo mais dispender nenhum dinheiro em prazeres da vida? É lógico que sim; mas só se isto for feito para ganhar mais saúde, bom prazer que faça crescer física e intelectualmente, criar, ou recriar, ou manter eficazes amizades, etc. Isso também é investimento. Todo investimento deve ser feito com critério, equilíbrio, coerência, lógica, justiça e sempre render bom lucro.
Ser bom em tudo, não só em algo
Pessoa íntegra é a pessoa completa em tudo aquilo que diretamente lhe diz respeito. Visconde de Mauá, Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), filho do interior do Rio Grande do Sul, pobre e órfão de pai, tornou-se a verdadeira alavanca do progresso industrial do Brasil e um dos maiores do mundo. Em suas constantes atividades empresariais jamais deixou de ser bom pai, bom marido e bom amigo. Ele era completo em tudo que lhe dizia respeito. Para tudo arrumava o tempo correto e completo. Aliás, tempo, para os íntegros, é questão de escolha, de preferência. Saber sempre escolher o melhor, o correto. Eis a grande sabedoria que tanto progresso traz.
Observar a natureza
A sabedoria clama alto em cada ser. Basta olhar, ouvir, ver e bem atento perceber. O sumo saber, Deus, está por tudo: em todos os minerais, em cada um dos vegetais, na grande diversidade dos atos praticados por cada qual dos tantos animais e no ser humano, especialmente na inocência de cada criança. Evaldo Pscheidt, muito jovem, tendo que viajar, a cavalo, da localidade de Cerro Azul, interior de Rio Negrinho, até Colônia Olsen, por ermas picadas e estradinhas da época, foi orientado a que nas dúvidas soltasse as rédeas e deixasse o cavalo escolher o caminho. Deu tudo certo. É o sexto sentido dos animais e plantas e que os humanos tão pouco sabem aproveitar.
Castigos, sim; crueldade, não
Há tantas e tantas maneiras de castigar sem que se pratiquem crueldades. Há castigos para todos: crianças, jovens, adultos e velhos. Bem como castigos apropriados para cada profissão. Todo castigo deve ter o objetivo de corrigir, de purgar, ou seja, de melhorar, de limpar. Cada castigo sempre deveria ser um ato de amor e jamais um ato de ódio. É nesse caso que os ameríndios sempre estiveram a nossa frente, no sentido pedagógico. Lá não existe castigo do adulto aplicado na criança. O castigo é o prejuízo pela deficiência que o próprio praticou. Num dos salmos está escrito: “castigai-me, Senhor, mas não com ira”. Vero castigo é amor.
Infantilizar
Cléverson Israel Minikovsky – advogado, filósofo, escritor e jornalista – diz que quem quer mandar, infantiliza. Gostei. Há pessoas que mandam porque são autoridades. Estas não infantilizam ninguém, bem ao contrário, trabalham para que cada qual se torne senhor de si mesmo, ou seja, uma nova autoridade. Mas há os que não são e querem ter autoridade e com isso viram autoritárias e vêem em todos um possível concorrente, um constante perigo a ser eliminado e com isso procuram infantilizar tornando-se grosseiros e estúpidos. Geralmente no primeiro caso há alegria, cooperação e funcionabilidade. No segundo, é exatamente o contrário que acontece.
Por que não sou feliz?
Porque sempre ponho a felicidade onde eu não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.