Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Dinheiro não se ganha, se conquista
Conquista-se, o dinheiro, muito mais com força mental do que com força física; ele sempre é fruto da mente aliada ao físico. Pode, ele, também ser repassado por herança ou doação, mas só terá, ali, real eficácia se a pessoa que o receber souber realmente usar sua mente muito bem unida à disposição física. Tudo aquilo que fácil vem, fácil vai. Prazer é sentir o verdadeiro valor que de si mesmo brota. Mas o prazer só vem pela alegria da vitória que sempre é fruto da conquista por esforço e luta inteligente. Devagar se vai ao longe. Quem o pouco despreza jamais terá o grande. A questão não é só lutar, mas trabalhar com inteligência e fazer isso sem parar, sempre.
Una-te a pessoas mais inteligentes do que tu és
Alexander Carnegie, menino muito pobre do oeste dos Estados Unidos, veio para o leste a fim de ganhar um pouco de dinheiro a mais. Acabou ficando riquíssimo. Hoje, nos Estados Unidos, funcionam duas célebres universidades com dinheiro que ele deixou para isso, além de muitas outras grandes fortunas. Instado para saberem qual é o grande segredo para se realizar tão gigantesca e bem sucedida obra, ele deixou registrado em justiça para que após sua morte escrevessem esse segredo em seu túmulo onde hoje está escrito: “Una-te a pessoas mais inteligentes do que tu és”. É tão comum as pessoas se unirem a pessoas de valor inferior. E o fracasso assim se gesta.
Queira ser o que tu és: nem maior e nem menor
Póro, um dos reis dos tantos reis que havia na antiga Índia, ou próximo dali, deu muito trabalho a Alexandre, o Grande, em suas conquistas. Finalmente derrotado, preso e apresentado a Alexandre, este o perguntou: “Como queres ser tratado?” E Póro respondeu: “Sou rei e quero ser tratado como rei.” Alexandre, que era o Grande, não o Médio e muito menos o Pequeno, gostou da resposta e o fez um dos seus conselheiros. Dois senhores que souberam ser grande e assim se respeitaram e assim se entenderam e juntos entraram na História. A falsa humildade, tanto quanto o orgulho além fronteiras, fedem tanto que ninguém os quer. Tu és tu, sempre sê só tu.
A política do preconceito que não funciona
Fui professor durante todo governo militar e ainda mais além. Sem querer polemizar, sou contrário a todo e qualquer preconceito. Não é dessa forma que se consegue algo de positivo. Durante esse governo militar ouvi duras críticas às disciplinas OSPB – Organização Social e Política do Brasil e EMC – Educação Moral e Cívica. Hoje já ouvi muitas queixas da falta dessas disciplinas nas escolas atuais. Numa reunião política em Florianópolis uma autoridade foi muito aplaudida porque criticou o dito Horário Brasileiro de Verão dizendo ser grande bobagem, pois eletricidade produzida tem que ser consumida. E hoje ele está aí. E Itaipu. E o ensino jesuítico. Chega de preconceito!
Complexo de faraó
Faraós eram os reis do Egito Antigo. Eram considerados deuses. Durante sua vida faziam os seus túmulos geralmente sob a forma de pirâmides, algumas delas subterrâneas, onde eram sepultados com seus tesouros, sua esposa, seus principais funcionários e muitos outros de seus pertences mais importantes além de muitos alimentos. Com cada faraó terminava, assim, um período histórico que morria com o rei que se finava, inclusive os principais elementos do governo. Nos tempos hodiernos ainda temos os faraós que não preparam seus sucessores e assim toda sua obra termina com eles e acham que serão elogiados por isso após a morte. Incompetência!
Por que não sou feliz?
Porque sempre ponho a felicidade onde eu não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.