Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Ótimo remédio contra a briga de casais
Uma esposa procurou um conselheiro e disse que as terríveis discussões entre o casal não tinham fim e que sempre começavam quando o marido entrava em casa ao chegar do serviço à tardinha. O conselheiro experto ouviu e logo entendeu. Buscou uma poção de remédio líquido com gosto de água e pediu à esposa que um pouco antes de o marido entrar ela ligeiro pegasse um gole e o segurasse na boca por bastante tempo. Tempos depois ela voltou e pediu mais desse santo remédio que era só água e que enquanto a tivesse na boca ela não podia falar. Quando um não quer, dois não brigam. Os recursos para encontrar a felicidade sempre são simples e fáceis.
Que cada um cumpra o seu dever
A 11 de junho de 1865 deu-se a terrível Batalha do Riachuelo. A esquadra brasileira, inferior e despreparada foi atacada de surpresa pela paraguaia. Na ausência de meios modernos de comunicação, os comandantes de cada navio ficaram esperando o que deveriam fazer sem as ordens específicas do comandante geral. Este percebeu o problema e mandou hastear um grande pano no qual havia a frase: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”. Foi o que todos fizeram e o Brasil venceu derrotando completamente o inimigo. Ser feliz é saber agir dentro de princípios superiores, nossos ideais supremos. Precisamos sempre saber o que fazer. Sê feliz!
Você é por acidente e eu me fiz
O genial músico, Bethoven, muito temperamental, não se sujeitou às ordens de um príncipe que dele queria exigir certas atitudes. Bethoven não se submeteu e disse ao príncipe: “Você, por acidente, nasceu príncipe e eu me fiz o que eu sou”. É isso: sempre sou e sempre serei aquilo que eu mesmo me faço. Diz o adágio: cada qual colhe o que planta. Plantar, não somos obrigados; mas colher, sim. Sempre é bom lembrar bem que devemos temer dois tipos de pessoas: os dominadores e os que se deixam dominar. Os dominadores são perigosos prepotentes e os dominados a qualquer hora podem explodir loucamente. Ser feliz é eu ser eu e respeitar os demais.
Cada vez brigava mais
Que resultados tão diferentes que nascem de atos também diferentes. Dois jovens universitários: o primeiro, estudante de medicina, era verdadeiramente um moço exemplar; o outro, estudante de direito, era um desregrado tanto quanto se pode imaginar alguém ser desbragado. Os dois casaram. Inicialmente, tudo bem. A esposa do médico, pouquíssimos médicos na cidade, passou a reclamar cada vez mais a dedicação do médico aos doentes, as chegadas tardias e a falta de vida social. O médico passou a ser alcoólico. A esposa do advogado com bondade e carinho, claro que sofreu, transformou seu marido num homem exemplar. Luta é a lei da vida. Lute!
Realizou-se profissionalmente
Tive um ótimo aluno. Foi tão bom estudante que ao terminar o Ensino Médio foi convidado para ser professor de química, física e matemática na mesma escola. Certo dia me confessou que com sua saída do seminário não sabia bem que rumo dar a sua vida. Disse-lhe que ele poderia ser médico. Alegou falta de dinheiro. Sugeri que economizasse todo seu dinheiro por dois anos, fizesse vestibular na federal e assim pobremente conseguiria se formar. Sua família se animou e resolveu ajudar. Ele tudo cumpriu a risca: economizou com rigor, estudou a valer, passou e se formou. Hoje é o médico e deputado Serafim Venzon. Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Por que não sou feliz?
Porque sempre ponho a felicidade onde eu não estou e nunca a coloco onde eu estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.