Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Luíza Schindler se fez e faz muito feliz
A felicidade a gente se faz. Fazemo-la com intenso trabalho, chamado luta, com o firme desejo de vencer e a busca de ajuda que sempre encontramos entre bons amigos e colegas dispostos a colaborar. Você foi a primeira no concurso de oratória. Agora você vai para o regional em Curitiba, se vencer vai para o nacional. Como Venceu? Treinou muito. Obteve apoio. Seguiu o exemplo da irmã já experiente. Teve medo, mas o superou. Deseja ser diplomata. Ser feliz é isso: treinar, buscar apoio, seguir bons exemplos, superar-se, ter um ideal e lutar. Parabéns Luíza! Você é exemplo de pessoa que sabe ser feliz e passar a muitos a sua felicidade. Que bom!
Sonhos malditos que muito fizeram sofrer
Neno era seu apelido. Certo tempo de sua pré-adolescência, toda noite, sonhava nitidamente que os pais, os irmãos e os vizinhos o queriam matar. Ele, antes de se deitar, rezava para não sonhar mais isso, mas sempre, de novo, sonhava a mesma coisa e com uma nitidez incrível e cruel. Ele já pensava em fugir de casa e isso certamente tudo só iria piorar, e muito. Um dia alguém lhe explicou que ele foi fruto de um parto muito problemático. Nasceu sem sinais vitais. Recebeu o batismo de emergência. A seu redor só falavam de morte. Sua mente gravou tudo e no sonho o fazia ressurgir. Ao saber, tudo passou. A verdade, suave e boa, liberta e faz feliz.
Sempre bem respondia a sua luz primordial
Todos nós temos um chamado ao mundo superior, mas muitos procuram o inferior que parece mais fácil e depois tanto nos faz sofrer. Dr. Antônio Münch era um desses que sempre respondia positivamente a sua luz primordial. Queria maior sabedoria, descobrir a causa de tudo e apreciava os degraus do progredir. Saiu do interior de Rio Negrinho e foi trabalhar numa fábrica de móveis. Lá aprendeu e progrediu, mas queria mais. Foi a Curitiba, onde estudou algo. Mudou-se a São Paulo onde trabalhou e estudou sem parar. Doutorou-se em odontologia e depois em engenharia química. Foi destaque na USP a nível mundial. Passo a passo, sempre mais, isso é felicidade.
Sínico, vaidoso e imoral
Na sala de aula aquele aluno sentava bem na frente. Para tudo o que de bom os professores diziam, era aquele deboche sarcástico. Para ele, só ele era o bom, o sábio, o gostoso das moçoilas. Diziam os professores que o único jeito de explicar algo sem se irritar era tomar o cuidado para não olhar o rosto desse aluno. Certo dia um docente não aguentou mais e disse-lhe: vamos fazer uma combina; marcamos a data de hoje e daqui a vinte anos vamos ver quem teve razão, eu ou você. Dias depois ele fugiu com uma moça de sua laia. Virou usuário e traficante. Depois ficou pastor, mas pouco depois um tumor no cérebro o matou. Qual se planta tal se colhe.
Sempre em algo qualquer cada um é bom
Um aluno muito educado, não conseguia aprender, mas no desenho ele ia muito bem. Um orientador lhe disse: dedique-se muito ao desenho. Você é bom nisso e isso é um grande bem e muito necessário nos dias de hoje. Quanto mais você se dedicar e aprender profundamente aquilo que você gosta, mais você também aprenderá o restante. Esse aluno não foi longe no ensino regular, mas se desenvolveu muito na arte do desenho. Uma indústria o contratou por causa disso. Ele progrediu. Fez até curso no exterior. Deu-se muito bem na vida. Aprimore sempre mais aquilo no que de bom você já é bom e tudo mais virá por acréscimo. Sê sempre feliz e mais serás feliz.
Por que não sou feliz?
Por que sempre ponho a felicidade onde eu não estou e nunca a coloco onde estou. Só é feliz quem põe a felicidade onde ele está e ama o que tem e não o que não tem.