Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
A questão da análise histórica do trabalho na produção nos faz pensar, e muito. Na aurora dos tempos toda força de trabalho agia na produção. Essa força empregava 100% de sua capacidade produtiva. Aos poucos essa situação foi-se alterando. Alguns se especializaram em outras tarefas como a guerra, a religião, o comércio, a saúde, o ensino, o lazer, o transporte, o turismo, etc. A produção foi perdendo sua força produtiva. Surgiu, assim, a especialização: cada vez menos produzem sempre mais. Aumentou a força não produtiva e decaiu a força produtiva que já está a menos de 20%. É a vez da terceirização. Vale a pena pensar.
Brasil, país mundial
Vários turistas em nível mundial já afirmaram: o Brasil é o único país do mundo no qual a gente não se sente estrangeiro. É o país onde todos estão em casa. O brasileiro recebe bem a todos e produz para todos. Só este ano a safra inimaginável de 185 milhões de toneladas de grãos. Só grãos. E o resto? Isso são apenas as toneladas contabilizadas. Quantas fogem dessa cifra... Temos ainda os animais, as frutas, as hortaliças, as madeiras, os minerais, etc. É verdadeiramente incalculável! O monge João Maria disse: “O Brasil distribuirá ao mundo o alimento e a sabedoria”. Vamos lá, brasileiros! Estejamos preparados! Vale a pena pensar.
Descobriram a quadratura do círculo
Tem gente que procura chifre em cabeça de cavalo – e acha mesmo. Um “teólogo” descobriu que Deus não pode fazer um círculo quadrado. São os eternos “sábios” de última hora. O “Fantástico” de domingo passado publicou que agora tem novo método de aula. Acabaram com as salas de aula e fizeram salões de várias séries em que os alunos se entreajudam. Isso nada mais é do que método jesuítico que tanto condenaram e condenam; é o Método Lancaster do Brasil Imperial e dos primeiros anos da República, em que um professor, com ajuda dos próprios alunos, dá aulas para grandes turmas. Pobre do nosso ensino. Vale a pena pensar.
A Guerra do Paraguai não acabou – e a dor continua
O professor Celso Crispim Carvalho e sua esposa, professora Mariana, todas as férias, fazem, de carro próprio, viagens pela América do Sul. Visitam principalmente aquilo que os outros turistas não visitam: índios, favelas, quartéis, povo miúdo e também algumas coisas mais gerais. Quantas maravilhas conseguiram fotografar e depois publicar em jornais. É algo de inusitado que serve de exemplo para tantos que perdem sua vida em puras bobagens. Mas um fato curioso: não visitaram, dessa forma, nosso vizinho Paraguai. Lá, nos tantos e tantos lugares mais esconsos, ainda há ódio aos brasileiros por causa da Guerra de 1864 a 1870. Vale a pena pensar.
Um teleférico sobre as cascatas
Há países que ganham verdadeiras fortunas com turismo. O Brasil e nossa região ainda não acordaram para esta realidade. Ainda não aprenderam a ganhar dinheiro com esta verdadeira máquina produtora de fortunas. É um potencial a ser explorado. Quanta coisa ainda não conhecida ou parcialmente conhecida. Que tal um teleférico por cima das 14 cachoeiras do rio Novo, cuja última é a mais imponente de todas? Isso seria simplesmente apoteótico. Creio que nenhum lugar do mundo teria algo semelhante a mostrar, mas há mais, muito mais. Isso só em nossa região. Dinheiro também não falta. Poderia ser uma empresa por ações. Vale a pensa pensar.
Vale a pena pensar
Todo pensável é realizável. Precisamos mudar, pois: pensamento gera sentimento, que gera comportamento. Pensar, não só ter pensamentos; isso vale.