Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Arte de todos para todos
Na última edição deste semanário comentamos: Em questões de arte, quer queira quer não, o supremo juiz é o povo. Final da semana passada assistimos a uma conclusão de curso de música na qual se comprovou, mais uma vez, aquilo que dissemos. Após uma série de músicas insípidas, mesmo que bem executadas, subiu ao palco um conjunto de acordeonistas e executaram três músicas simples, populares e bonitas, além de nelas terem posto vida. O povo aplaudiu de pé e pediu bis. É o que o grande músico e maestro são-bentense José Sluminski disse certa vez: “Escolham músicas simples, bonitas e deem conta do recado”. O povo é o juiz.
O sistema viário de São Bento do Sul
Todos sabem que o sistema viário de São Bento do Sul está emperrado, atravancado e quase sem solução. Já se poderia ter resolvido muita coisa nesse sentido, mas um dos problemas, não o único, sempre foram os donos dos terrenos e a pouca coragem dos prefeitos para tocar nesse assunto. Assim temos, apenas como exemplo, a Avenida São Bento – que ficou sem saída para a rodovia estadual e sem continuação para o bairro Serra Alta. A dita perimetral norte, que tantos candidatos prometeram, mas ninguém fez. É fácil fazer executivos, mas o difícil é depois de ser executivo, executar as obras enfrentando os interesses particulares dos poderosos.
Um quisto para a localidade de Ano Bom
Ano Bom é uma localidade são-bentense e para lá se chegar é necessário que se passe pelo Centro da cidade de Corupá, embora haja outro desvio mais complicado, mas igualmente passando pelo município de Corupá. Grande número de habitantes dessa localidade, senão talvez todos, votam em Corupá, mas eles não têm as benesses do município de Corupá, como saúde, manutenção das estradas, escolas municipais, etc. Em época de eleição os candidatos de Corupá por lá transitam pedindo votos, mas nada podem fazer por esta localidade, pois é São Bento – e o povo fica bravo como isso. Falta bom senso entre os políticos. Todo problema tem solução.
Os crimes não são isolados
Após mais um massacre de crianças em escolas, os debates são avivados e depois esquecidos e tudo volta como dantes no quartel de Abrantes. Num desses debates levantou-se a sábia questão de que os crimes nunca são casos puramente isolados, mas são frutos exponenciais oriundos de erros vividos pela sociedade como um todo. Certo prefeito de Maringá disse: “Felizmente estamos conseguindo correr sempre na frente dos problemas do nosso município”. Está mais do que em tempo de São Bento do Sul pensar seriamente nesse assunto, por enquanto a repressão faz ainda bastante bem seu papel, mas até quando isso será possível?
São Bento também trocaria seu nome?
Alguém preocupado isso me perguntou. Em gestão nacional a ideia já existe. A lei com muito açúcar já está assinada. Nela se diz que o Brasil é um Estado laico e por isso deve se desvincular completamente da religiosidade. Tirar os crucifixos das repartições públicas - aliás, a maioria já não tem mais. A frase “Deus seja louvado” vai ser tirada do papel moeda. Temos ainda quatro dias santos que também já estão legalmente condenados. Os topônimos religiosos também estariam nessa lista. Sonhos?! Enquanto o Titanic afundava, a orquestra tocava. Se conseguir, leia o livro intitulado “Despreocupados Rumo à Guilhotina”. Que cada um cumpra seu dever.
Acorda, São Bento
Pensar, não só ter pensamentos, é a solução. Coragem de cumprir seu dever é a missão de cada qual, mas cabe as autoridades liderar para o bem, fazer crescer.