Sugestões para o futuro de São Bento

Muita coisa muito escondida Adquirir cultura é – acima de tudo – visualizar, admirar e isso significa olhar. Ainda não estamos educados para isso e nem mesmo incentivados para tal pelos órgãos públicos. No gabinete do prefeito de São Bento do Sul existe a coleção das efígies dos prefeitos do município, mas quem lá os pode ver? Somente uma minoria da população. Deveriam estar num acesso bem maior para todos, até com um resumo histórico do momento em que ele foi prefeito. Quantas outras coisas assim estão escondidas por aí sem que o povo as possa ver. Assim nem mesmo as belezas naturais desta terra se aprendeu a contemplar. E assim decai a cultura e a educação.

Maravilhas destruídas

Entre São Bento do Sul e Corupá, ao longo da rodovia principal, foram plantadas árvores frutíferas de acordo com as exigências climáticas. Que riqueza, que maravilha e que beleza se hoje estas árvores produzissem seus frutos e os transeuntes livremente as pudessem saborear. Mas tudo foi destruído. Entre Rio Negrinho e São Bento do Sul, ao longo de trajeto, foram plantadas flores, principalmente hortênsias. Que sublime encanto hoje isso seria. Mas tudo foi destruído. Nossa primeira riqueza foi a erva mate. Entre discursos plantou-se um pé, mas logo depois foi cortado. Falta-nos cultura e educação e não o dinheiro.

Também vou dar o meu palpite

Na última edição do jornal Evolução foram dadas sugestões sobre quem deveria ocupar cargos de primeiro escalão no próximo governo municipal. Sem ser consultado, vou me intrometer e também dar dois palpites: A) Um cargo deveria ser oferecido a Pedro Alberto Skiba. Ele é experiente, lutador, dinâmico, democrático e corajoso. Ainda esses dias alguém me falou: “Enquanto ele foi presidente da Apae, nada ali faltou”. B) Outra pessoa de alto primor e muito gabaritada, talvez até sem igual, é a doutora em Jornalismo e professora em curso superior, extraordinariamente dinâmica, Marília Crispi de Morais. Há valores humanos que não seria bom esquecer.

Aproveitamento dos recursos naturais

Quantas riquezas têm São Bento do Sul e toda região anexa. Todos estes municípios poderiam atuar a sós ou se integrarem para grandes projetos comuns, como é o Caso da Serra da Cantareira, no Estado de São Paulo, onde quatro municípios fizeram a verdadeira extraordinária e totalmente singular maior floresta urbana do mundo: habitada, asfaltada e preservada. Quanta riqueza assim São Bento do Sul possuí – e não sabe e, consequentemente, não usa. Até mesmo no perímetro urbano existem áreas naturais que, sem destruí-las, poderiam ser usadas para áreas de lazer, de cultura e de educação que tanto faltam em nossos dias.

Nos subterrâneos de São Bento

Disse-nos, certo dia, um bom professor, que nas administrações, especialmente públicas, mas também não só, os organismos governamentais, com frequência, são como uma cobra cuja cabeça tenta caminhar um rumo diferente do que o resto do corpo não caminha – e assim se produz um contrasenso no corpo todo, que, dessa forma, não funciona mais. Em São Bento do Sul algo de parecido assim acontece. Organizações morreram porque se desviaram de seus objetivos primordiais. Mas há verves vitais fermentando em subterrâneos esquecidos: forças culturais, educacionais e econômicas que procuram se realizar e têm força vital.

Acorda, São Bento

Quanta vida, quanta força e quanta capacidade em ti jazem dormindo. Acorda! É preciso um forte pacto social unindo o corpo todo. É a união que faz a força.